quinta-feira, 28 de abril de 2011

3ª Oficina: Vamos conviver com a diferença!

Tema: Conviva com a diferença! Diga não à discriminação!
3ª Oficina: Vamos conviver com a diferença!
Introdução:

Nesta oficina intenciona-se, através da experiência da Cléo, uma ratinha diferente, levar as crianças a comprometerem-se com atitudes de aceitação e reconhecimento do outro, dizendo NÃO à discriminação.
Dizer não à discriminação na escola supõe, desde cedo, questionar qualquer atitude de rejeição ou discriminação e estimular atitudes de reconhecimento e aceitação do diferente. Embora nesta faixa etária a discriminação seja menos freqüente, faz-se necessária uma constante vigilância, por parte do estagiário, no sentido de identificar as possíveis causas da rejeição, especialmente quando atingirem uma mesma criança.
Objetivos:
• Propor formas concretas de minimizar a rejeição e discriminação na escola.
• Comprometer-se com atitudes de respeito aos direitos de todos à diferença.
MOMENTOS MATERIAIS
1º Dia
• “Conhecendo a história da Cléo”
• Livro de Desenho da História
• História Cléo, a ratinha diferente, (Material complementar).
• Folhas de papel e lápis de cor.

2º Dia
• Confeccionar a boneca Cléo
• Brinca ou não brinca? Pense bem para responder
• Argila Corporal • Materiais variados para confecção de um boneco: tecido, algodão, jornal, lã, botões, fitas, tinta.
• Folha de papel grande, para registro da produção dos grupos, pelo estagiário.
3º Dia
• Plano Infalível I
• Transformando a História
• Plano Infalível II – para a escola de gente • Cartolinas e pilot.

Orientações gerais para o estagiário:

A história de Cléo, uma ratinha diferente que não aprendia a roer, poderá trazer à tona a história de muitas “Cléos”. Este é o objetivo da história: sem personificar, reconhecer as situações de discriminação presentes na sala de aula e favorecer que os alunos reflitam sobre a atitude de rejeição e discriminação geradores de sofrimento. Pretende-se ainda que, através de identificação positiva com a ratinha, possam modificar suas atitudes, no plano real, no sentido da aceitação e da não discriminação. Sugere-se que o estagiário identifique possíveis analogias que as crianças poderão fazer com situações reais e prepare-se para trabalhá-las, junto à turma, para sua superação. Sugerem-se, ainda, ter presente as situações de rejeição e discriminação que emergiram ao longo das oficinas anteriores, buscando integrá-las a presente discussão e aos compromissos das crianças para minimizar a discriminação na escola.
As atividades sugeridas nesta oficina relacionam-se mais especificamente aos conteúdos curriculares de Comunicação e Expressão e Literatura. Trabalha-se a compreensão e interpretação de história, a criação de textos, a dramatização etc.

Desenvolvimento das Atividades
1º Dia: Conhecendo a História de Cléo
Atividade 1: História da Cléo
Organizar uma rodinha com as crianças, procurando criar um clima de proximidade e concentração. Contar a história de “Cléo, a ratinha diferente” (disponível no material complementar), procurando valorizar os diálogos e atribuindo vozes aos personagens.
Favorecer diálogo sobre a história, ampliando sua compreensão:
• Quais são os personagens desta história?
• Em que a Cléo era uma ratinha diferente?
• O que a mãe da Cléo fazia?
• O que aconteceu quando a Cléo entrou para a escola?
• Como era tratada pela professora e pelos colegas?

Atividade 2: Livro de Desenho da História
Solicitar às crianças que desenhem, individualmente ou em grupo, uma ou duas cenas que mais lhes chamou atenção. Os desenhos são apresentados à turma e cada criança ou grupo explica porque escolheu esta parte para desenhar. Aproveita-se este momento para ampliar o diálogo e destacar a rejeição e discriminação como atitudes geradoras de sofrimento. Com os desenhos pode-se montar um livro de história da turma ou painel.

2º Dia: Ufa! Acabamos! Agora a Cléo vai fazer parte da nossa turma
Atividade 1: Confeccionar a boneca Cléo
Convidar a turma a criar a Cléo – boneco de pano, colagem, papel marchê, sucata – para que venha fazer parte da turma. É importante que a representação da Cléo expresse tristeza, isolamento. O processo de confecção da ratinha deve ser compartilhado, planejado. É indispensável que todas as crianças sintam-se comprometidas e responsáveis com algum aspecto. Pretende-se gerar, no grupo, um sentimento de afeto pela ratinha. A Cléo poderá ficar em lugar de destaque que na sala, visitar a casa das crianças, participar de jogos e brincadeiras, etc.
Atividade 2: Brinca ou não brinca? Pense bem para responder
Organizar a turma em grupos, buscando as composições mais adequadas, por exemplo, criança que experimente rejeição dos colegas deverá ficar com crianças mais acolhedoras; evitar que fiquem no mesmo grupo que crianças que tenham animosidade entre si. Criar um ambiente de fantasia, transformando a turma em ratinhos e ratinhas.
Os grupos de ratinhos e ratinhas deverão conversar sobre a questão:
• Imaginem que vocês são da mesma turma da Cléo. Vocês vão deixar a ratinha brincar junto com vocês? Por quê?
Mantendo a fantasia de estar no mundo dos ratos, registrar as respostas dos grupos, em
papelógrafo (grande mural) dividido em duas colunas: de um lado escrever as explicações para quem respondeu sim e de outro para quem respondeu não.
Após todos os grupos apresentarem suas opiniões, ler as justificativas auxiliando as crianças a compararem as respostas da turma com as atitudes dos ratinhos e ratinhas da turma da Cléo.
Atividade 3: Argila Corporal
O estagiário deverá propor que as crianças formem duplas, e fiquem dispostas um de frente para o outro. Um deles será a argila e o outro será o escultor. O aluno que será a argila deverá ficar com os olhos fechados, e o aluno que fizer o escultor deverá modelar diversas formas corporais no corpo do coleguinha.
3° Dia: Continuando a desenvolver a Història de Cléo
Atividade 1: Plano Infalível I
Incentivar as crianças a finalizarem a história, elaborando o plano de ação para mudar a atitude dos colegas da Cléo, em relação a ela.
• Reler o final da história e solicitar, aos grupos, que pensem o que pode ser feito para mudar o que acontece na escola, com a Cléo. As propostas de soluções dos grupos podem ser apresentadas em forma de dramatização, desenho, relato, etc.
• Ao final das apresentações a turma discute e escolhe a proposta de que mais gostou.
Atividade 2: Transformando a história
O estagiário orienta o debate e a escolha, valorizando as propostas que de fato impliquem em mudança de atitude dos colegas de Cléo. As propostas são escritas em papel e colocadas no mural. Sugerem-se vários desdobramentos para esta atividade:
• Reescrever o final da história, coletivamente, levando em conta as mudanças sugeridas pela turma;
• Desenhar a Cléo e seus colegas depois das mudanças indicadas pela turma;
• Refazer a Cléo, produzida no 2º momento, alterando sua expressão fisionômica.

Atividade 3: Plano infalível II – para a escola de gente
Neste momento, toda a discussão realizada em torno da Cléo – a ratinha que era rejeitada na escola – será transferida para a realidade da sala de aula e da escola. É preciso muito cuidado para não expor as crianças que sofrem rejeição, piorando sua situação.
Estabelecer um diálogo com a turma:
• O que aconteceu com a Cléo só acontece na escola dela?
• Como é na nossa escola?
• Será que fazemos coisas que deixam os colegas tristes e sozinhos?
• O plano de ação feito para a escola da Cléo serve para a nossa escola?
Outras questões podem ser levantadas a partir da necessidade do grupo. É imprescindível estar atento ao desvelamento de situações de rejeição e discriminação que acontecem na turma, procurando levá-lo a refletir sobre as formas de superar estas situações. É o momento de fortalecer as crianças que sofrem rejeição/discriminação, para reagirem à situação.
Propor a elaboração do Plano Infalível II – para escola de gente.
O que fazer para que não aconteça com as crianças da turma o que aconteceu com a Cléo? A partir de um cochicho, em duplas, levantar idéias para o plano. As duplas apresentam suas idéias e o estagiário registra, em papelógrafo, as aprovadas pela turma. Reler o conjunto das propostas e verificar se todos estão de acordo em assumir como compromisso o que foi proposto.
Valorizar o trabalho realizado e perguntar o que podem fazer para convencer todo mundo de que é preciso respeitar, reconhecer, não rejeitar e discriminar. Perguntar se gostariam de fazer uma campanha na escola mostrando os compromissos que a turma assumiu. Pode-se, por exemplo, organizar uma passeata pela escola, utilizando cartazes desenhados pelas crianças e falando ou cantando palavras de ordem, retiradas dos compromissos assumidos.

Material Complementar - (pág. 34 a 36)
“Cléo, a ratinha diferente”, de Marilena Varejão Guersola
Cléo era uma ratinha diferente. Desde muito pequena seus pais perceberam que ela não era igual a seus irmãos e suas irmãs. Era alegre, delicada, brincalhona, mas não gostava de roer. Onde já se viu uma ratinha que não gosta de roer? Sua mãe fazia de tudo para ensinar à Cléo.
- Olha aqui, Cléo – chamava sua mãe – este paninho é tão macio e colorido, tenta mais uma vez... Vou mostrar como é, você começa aqui da pontinha e vai roendo, roendo, até o final.
- Agora não, mamãe, mais tarde eu faço isso.
- Na... na... na... na... não! Agora.
- Está bem, mas só um pouquinho.
Era sempre assim, Cléo tentava, roia um pouquinho e logo desistia. Quanto mais à ratinha crescia mais sua mãe ficava preocupada.
Na idade de uma ratinha ir para a escola, Cléo foi matriculada e Dona Ratazana se encheu de esperança. Pensou: agora minha cria aprende a roer.
Imaginem só o que aconteceu!... Vocês acham que Cléo aprendeu a roer na escola? Nada disso!
Na primeira semana de aula a professora já achou aquela ratinha muito diferente, esquisita. E não foi só a professora, os colegas também acharam há Cléo um pouco biruta. Afinal, ratos e ratas gostam de roer.
Esta cena se repetia quase todo dia:
- Cléo, você fez o dever de casa?
- É... bem... fiz, mas... – falava timidamente.
- Fez ou não fez? Me dá isto aqui, deixa ver! De novo, Cléo?! A tarefa era roer e não bordar. Quando é que você vai tomar jeito de rata?
E, perguntando a outro aluno: - Joaquim, você fez o dever de casa?
- Claro professora, fiz todinho. Olha aqui..., mostrando uma blusa de malha cheinha de buracos, que mais parecia uma renda.
- Isto sim, é um rato de verdade.
Cléo não entendia porque tinha que saber roer. Afinal, ela sabia fazer outras coisas que gostava muito e que achava importante, como por exemplo, bordar. Isto mesmo, a ratinha gostava de costurar e bordar.
O pior a ratinha era perceber que os colegas não gostavam dela. Sentia-se rejeitada, discriminada. Ninguém queria brincar com ela. Na hora do recreio acontecia sempre a mesma coisa:
- Posso brincar com vocês?
- Sai daqui Cléo, você nem sabe roer, como quer brincar com a gente?
- Mas vocês estão brincando de pique e...
- Não queremos uma rata doida brincando com a gente!
Para não ficar sozinha a ratinha ia procurar outro grupo, quem sabe... Antes mesmo que Cléo falasse...
- Ih! Lá vem aquela rata.
- É mesmo, ela nem sabe roer.
- Anda, vamos sair daqui antes que ela peça para brincar com a gente outra vez.
- E, vamos logo, eu é que não quero ficar perto de uma rata assim...
Cléo ouviu tudo, deu meia volta e muito triste foi brincar sozinha. Descobriu que espalhado pelo chão havia botões que caiam das roupas roídas e começou a catá-las.
A tristeza de Cléo aumentava a cada dia. Não tinha mais vontade de ir para a escola. Em casa já não cantava, como de costume. Sua mãe estava preocupada de verdade! Um belo dia Cléo sumiu. Procura daqui, procura dali...
- Cléo, onde está você? – Gritava sua mãe, gritavam seus irmãos e irmãs...
- Cleeeeoooo, Cleooooooooo, Apareceeeeeee...
Até que depois de duas horas a ratinha foi encontrada. Estava debaixo do armário bem quietinha. E, adivinhem o que estava fazendo... Ela estava pregando botões em algumas roupas.
- Meu Deus, que horror! Em vez de roer, Cléo fica escondida costurando!
Muito sem graça ela diz:
- É, eu gosto de costurar....
- Larga tudo isto aí e vai já para a escola.
- Não, por favor, eu não quero ir para a escola.
- E porque não quer ir à escola?
- Porque os meus colegas não gostam de mim – choramingou baixinho.
- Também, quem pode gostar de uma ratinha que gosta de costurar? Já para a escola - ordenou Dona Ratazana muito zangada.
Lá se foi nossa amiga Cléo para mais um dia de escola... olhos tristes, cabeça baixa,lábios caídos... O que será que a aguardava?
- Muito bem, muito bem, - disse a professora – agora organizem grupos para desenhar a história que eu acabei de contar.
Como já era de esperar, Cléo foi excluída de todos os grupos. Ninguém aceitou trabalhar com ela. A professora tentou convencer a algum grupo a aceitá-la, mas foi em vão. Com o rosto banhado em lágrimas Cléo foi fazer o trabalho sozinha. Continuava sem entender porque não queriam sua ajuda se ela até sabia desenhar.
Um dos ratinhos, que havia rejeitado a Cléo, ficou comovido com a tristeza da colega e começou a conversar sobre o assunto com seu grupo.
- Olha só como a Cléo está triste.
- É, até que ela é um pouquinho legal....
- Ela só é diferente
- Não sei,não. Não estou gostando nada deste papo.
- Você ia gostar de estar no lugar dela?
- Não!
- Então? Acho que temos que fazer alguma coisa.
- É, mas o quê? A gente nem conhece ela direito. A gente só sabe que ela não gosta de roer.
Depois de muito pensar, os ratinhos elaboraram um plano de ação para mudar de vez a maneira da turma se relacionar com a Cléo. Vocês querem saber o que eles planejaram?
Ah! E agora? Perdi o papel onde o plano estava escrito e não posso terminar a história. Vocês querem me ajudar? Talvez,juntos, vocês possam pensar um plano de ação para os ratinhos e ratinhas, colegas da Cléo, mudarem a maneira de se relacionar com ela.
Nós todos queremos ver a Cléo feliz, não é verdade? Então, terminem esta história por mim.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

quinta-feira, 31 de março de 2011

Tema: Conviva com a diferença! Diga não à discriminação!

SEMCTUR Janeiro/2011

Tema: Conviva com a diferença! Diga não à discriminação!
2ª Oficina: “Quem é diferente?”
Introdução:
Esta oficina visa aprofundar a discussão sobre o direito à diferença e à igualdade de direitos. Busca, na ficção, os elementos para trabalhar o movimento de rejeição frente ao diferente e os mecanismos de descoberta do outro. Busca, ainda, na análise de situações concretas, identificar atitudes de preconceito e discriminação e as formas de sua superação.
Parte do reconhecimento da diversidade para afirmar que temos uma mesma natureza – todos compartilhamos da condição humana – e por isso desejamos amar e sermos amados. Ninguém é mais ou menos humano que outro, ninguém tem mais ou menos direito de viver humanamente que outro.
Entre a ficção e a realidade, trabalha a necessidade de aceitar e respeitar o “outro” valorizando suas características.
Objetivos:
• Reconhecer a nossa condição humana de pessoas e grupos diferentes e, ao mesmo tempo, iguais em dignidade e direitos;
• Comprometer-se com atitudes concretas de respeito aos direitos de todos e todas.

Momentos Materiais
1º Dia
• Som, movimento e careta
• Música e Brincadeira da Caveira
• A história “O Monstrinho e eu”
• Desenho da história
• História “O Monstrinho e eu” (texto complementar)
• Material para desenho
• Cd com a música das caveiras
2º Dia
• Desenhos de diferentes tipos de discriminação
• Transformando situações
• Objeto Criativo • Cópias das pranchas com situações da vida cotidiana (pág. 25,26) 27)
• Uma garrafa pet de plástico vazia
3º Dia
• Painel de uma vida feliz
• Uma palma, duas palmas
• Reflexo • Painel como indicado no modelo
• Cd da Adriana Partimpim

Orientações para o estagiário:

• Ajuste as atividades propostas à faixa etária do grupo de crianças.
• Ao longo da oficina, lembre os pontos importantes sobre as diferenças que surgiram na oficina anterior, conversando sobre a idéia da igualdade de direitos.
• Atividades articuladas aos conteúdos curriculares de comunicação, expressão, história e geografia, além de explorar culturas diferentes das nossas.
• Explore as questões que surgirem valorizando sempre a diversidade e o direito de todas as pessoas serem tratadas com respeito.

Desenvolvimento das Atividades:

1º Dia: Parece, mas não é...

Atividade 1: Som, movimento e careta
O estagiário forma uma grande roda com a turma. A brincadeira se inicia com o estagiário fazendo um som diferente para uma das crianças que está ao seu lado, em seguida esta criança reproduz este mesmo som. Depois esta criança cria um novo som e repassa para o coleguinha ao seu lado, e este coleguinha reproduz o som. E a brincadeira prossegue desta maneira com as demais crianças. Ou seja, uma criança cria um som, o outro reproduz, e em seguida cria um novo som para uma outra criança. Na segunda etapa da brincadeira, a mecânica contínua a mesma, sendo que agora todos terão que criar um movimento diferente. E na terceira etapa as crianças criarão caretas bem assustadoras.

Atividade 2: Música e Brincadeira da Caveira
Para brincar, todos os participantes devem estar espalhados e deitados no chão. Antes de começar a cantar a música pode-se dar uma pequena introdução como: "Era meia-noite, em um cemitério bem sombrio, um homem com uma faca na mão... passava manteiga no pão" (ou então inventa-se algo para dar um clima de medo e brincadeira). Cada participante, então, "se transforma em uma caveira" e, a cada estrofe, de forma livre, todos devem fazer movimentos de acordo com o que se pede na letra.

Quando o relógio bate a uma
todas as caveiras levantam da tumba.
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as duas
todas as caveiras saem pelas ruas
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as três
todas as caveiras jogam xadrez
Tumbalacatumba lacatuba laduê
Quando o relógio bate as quatro
todas as caveiras tiram retrato
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as cinco
todas as caveiras apertam os cintos
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as seis
todas as caveiras imitam chinês
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as sete
todas as caveiras mascam chicletes
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as oito
todas as caveiras comem biscoito
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate às nove
todas as caveiras quebram o pote
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate às dez
todas as caveiras lavam os pés
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate às onze
todas as caveiras sobem no bonde
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate às doze
todas as caveiras fazem uma pose
(Nessa parte, todas as pessoas fazem
uma pose e viram estátuas)
Quando o relógio bate à uma
todas as caveiras voltam para a tumba
Tumbalacatumba lacatumba laduê



Atividade 3: A história “O Monstrinho e eu” (acrescentar história – Pág. 24).
Recomenda-se que seja contada às crianças de modo enfático, gerando expectativa e transmitindo o clima de espanto e medo dos personagens. Sugere-se reproduzir a historias para as crianças. Depois de contar a história converse com as crianças:
• Por que o menino teve medo do monstrinho?
• Por que o monstrinho teve medo do menino?
• Do que eles - menino e monstrinho - têm medo? Por quê?
• Sempre temos medo de quem é muito diferente de nós?
• Que outras coisas sentimos em relação a quem é muito diferente de nós?
• Por que o monstrinho e o menino ficaram amigos?
O diálogo deve ser conduzido no sentido de ajudar as crianças a perceberem que geralmente temos medo do que não conhecemos. E mais: o que é assustador e feio, para uns, não é para outros. Deve-se reforçar a idéia de que é preciso conhecer o outro, seus gostos, sua cultura, seu jeito de ser e aceitá-lo e respeitá-lo com suas diferenças. Mais que isto, é importante que as crianças reconheçam que a diferença enriquece a convivência e nos faz aprender com o outro.

Atividade 4: Desenho da história

Após o diálogo, ler a história mais uma vez e estimular as crianças a desenharem a parte que mais chamou atenção. Em seguida, cada criança apresenta seu desenho à turma, recontando a parte da história que escolheu para desenhar.
• Enquanto as crianças apresentam seus desenhos o estagiário vai ressaltando os principais aspectos da história:
• Geralmente temos medo ou não gostamos de quem não conhecemos bem ou que é muito diferente de nós.
• Quanto mais conhecemos alguém mais fácil é aceitar e respeitar as diferenças.
• Quando conhecemos melhor o outro, descobrimos muitas coisas interessantes sobre ele, descobrimos inclusive que aprendemos e nos enriquecemos com ele.
Neste momento podem-se explorar elementos da oficina anterior que tenham ajudado a conhecer melhor os amigos da turma.

2º Dia: Coisas que acontecem, mas não deviam ...

Pretende-se que as crianças posicionem-se no sentido da aceitação do outro, do diferente, a exemplo da historia “O monstrinho e eu”, reconhecendo que todos têm os mesmos direitos e comprometendo-se com atitudes de não discriminação.

Atividade 1: Desenhos que expressam diferentes tipos de discriminação

No material complementar encontram-se seis pranchas com desenhos que expressam diferentes tipos de discriminação. É necessário reproduzir este material para as crianças.
Organizar duplas e distribuir uma prancha para cada dupla, de modo que as seis situações sejam trabalhadas. Pedir as crianças para prestarem muita atenção ao desenho, analisando o que representa. Refletir sobre a cena, dizendo se concordam, ou não, com o que está acontecendo.
Promover um diálogo para que cada dupla explique o que entendeu do desenho. O diálogo pode ser orientado pelas perguntas:
• O que está acontecendo?
• Todas as crianças estão felizes?
• Tem alguém triste? Aborrecido? Com raiva? Por quê?
• Se um amigo ou amiga estivesse nesta situação o que você faria?
• E você, se estivesse nesta situação o que faria?

Atividade 2: Transformando situações

O estagiário deve propor que as crianças desenhem no espaço em branco das pranchas da atividade anterior, a cena analisada de modo que todas as crianças se sintam bem e felizes. As duplas apresentam seus desenhos a turma, explicando-os. Caso os desenhos das crianças não superem a situação de exclusão apresentada originalmente, questionar se gostariam de estar no lugar da pessoa excluída e como acham que se sentiriam.
Afirmar que toda criança: gorda ou magra, branca ou negra, bonita ou feia, rica ou pobre tem o direito de brincar, jogar, ser feliz, sentir-se amada.

Atividade 3: Objeto Criativo

Os alunos ficam em roda. O estagiário explica que a brincadeira consiste na transformação de um objeto simples (uma garrafa pet de plástico, por exemplo) em diversas outras coisas. O estagiário começa com o jogo. Ele pode pegar a garrafa e bem devagar segurá-la como se fosse, por exemplo, um bebê. Depois de um tempo ele repassa o objeto para a criança ao lado, esta criança pega o objeto e transforma em algo novo (Um pente por exemplo. A criança pode simular que esta penteando a cabeça, logo as demais entenderão que o objeto agora é um pente). A brincadeira prossegue com as crianças da turma dando formas distintas ao objeto.

3º Dia: Painel de uma vida feliz (pág. 23)


Atividade 1: Painel da felicidade

Convidar as crianças a criarem o “painel da felicidade”. Realizar apreciação dos desenhos criados pelas crianças, no dia anterior. Conversar sobre os desenhos no sentido de identificar atitudes com as quais as crianças desejam se comprometer.
Compor um painel com os desenhos que expressam os compromissos das crianças, escolhidos coletivamente. Sugere-se dividir a prancha, separando os desenhos produzidos pelas crianças das cenas originais, de modo que no painel sejam colocados apenas os primeiros.
Ao lado de cada desenho, o estagiário escreve o compromisso assumido pelas crianças.
Com a finalidade de favorecer a visualização do que foi proposto para este momento apresenta-se um exemplo de como o painel pode ser organizado.

PARA RESPEITAR O DIREITO DE TODAS AS PESSOAS DEVO
DESENHO COMPROMISSO
Atividade 2: Uma palma, duas palmas
Os alunos se espalham pelo espaço, e caminham aleatoriamente. Eles devem executar uma boa ocupação espacial, evitando esbarrar no coleguinha da turma. Ao comando de uma palma do estagiário devem cair no chão automaticamente, e com duas palmas devem voltar a andar. E a brincadeira vai se repetindo durante um tempo. Esta brincadeira é uma variação de “morto-vivo”.

Atividade 3: Reflexo
O estagiário faz uma grande roda com as crianças. A brincadeira consiste em o estagiário executar movimentos, e os alunos terem que repetir quase que simultaneamente. Ou seja, ele propõe um movimento, e os alunos repetem. Durante a brincadeira devem ser realizados movimentos diferentes. É importante que o estagiário brinque com os planos (plano alto e plano baixo) e ritmos (movimentos rápidos e movimentos lentos). Proponho que para a brincadeira seja usada como trilha a música “Saiba” de Adriana Calcanhoto (Adriana Partimpim). Pois esta música infantil nos mostra que somos diferentes e iguais em nossas sensações. Segue a letra abaixo:

Saiba!
Todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão, também
Hitler, Bush e Saddam Hussein
Quem tem grana e quem não tem...
Saiba!
Todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
E também você e eu...Saiba!
Todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar...Saiba!
Todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano...Saiba!
Todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao-Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Gandhi, Mike Tyson, Salomé...Saiba!
Todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
E também eu e você
E também eu e você
E também eu e você...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SEMCTUR Fevereiro/2011

Tema: Conviva com a diferença! Diga não à discriminação!
1ª Oficina: Somos iguais! Somos diferentes! Somos gente!
Para crianças de 6 a 8 anos - páginas 11 a 17

Introdução:

Esta oficina pretende propiciar a descoberta e o reconhecimento da diversidade entre os seres humanos, desenvolvendo uma “admiração” pelas possibilidades de tantos “jeitos de ser”. Privilegia a diversidade relacionada mais diretamente às características físicas.

Objetivos:
• Identificar as próprias características físicas e as dos colegas de turma, estabelecendo relações de semelhança e diferença;
• Reconhecer a diversidade física entre os/as colegas de classe, valorizando-a positivamente.

ATIVIDADES MATERIAIS
1º dia:
• Mãos - olhe bem como elas são!
• Pés – olhe bem como eles são!
• Onde está meu par?
• Jogo dos sapatos no saco
• Sacos de batatas ou sacos de lixo.
2º Dia:
• Gráfico dos Tamanhos
• Dinâmica das Medidas
• Mão Condutora • Rolo de Cordão de duas cores para os gráficos.
3º Dia:
• Dentro e fora – onde é o meu lugar?
• Música – boneco/a de lata
• Confecção do boneco

• Desenhe círculos com giz ou com água no chão.
• Folha de papel grande, para desenhar silhuetas dos alunos em tamanho natural, uma por grupo.
• Lápis comum, de cor ou giz de cera para os alunos desenharem a silhueta do colega.

4º Dia:
• Boneco/a Coletivo/a
• História coletiva
• Música “É tão lindo” • Sucata, lã, papéis coloridos, retalhos de tecidos, fitas, botões, etc.
• CD com a música: É tão lindo!

Orientações para estagiário/a:
• Estimule as crianças para primeiro observarem suas características físicas e depois as dos colegas.
• Observe as situações de discriminação que possam surgir durante as atividades, procurando desconstruir os preconceitos.
• Esta oficina possibilita exploração dos conteúdos nas demais áreas da educação básica. Observa questões como: pequeno, grande, maior, menor, igual, comparação de atributos e reconhecimento de diferenças: mais e menos, curto e comprido, claro e escuro, dentro e fora.
• Durante a oficina a criança elabora sínteses da aprendizagem.
Desenvolvimento das Atividades:
1º Dia: Mãos e Pés – olhe bem como eles são!

Atividade 1: Mãos – olhe bem como elas são!
O Ideal é realizar esta atividade em um espaço livre de cadeiras. Pedir às crianças que procurem um par que tenha a mão do mesmo tamanho da sua. Estimular para que meçam com cuidado, juntando dedinho com dedinho. Quando encontrarem o par mais indicado devem desenhar em uma folha de papel, o contorno da mão direita de uma e da mão esquerda da outra. Se perceber que as crianças apresentam dificuldades em discernir a direita e a esquerda, peça somente que desenhe uma das mãos, colocando o próprio nome no desenho de sua mão. Fazer uma rodinha para conversar sobre o que aconteceu:
• Foi fácil achar um colega que tem a mão do mesmo tamanho que a sua?
• A mão do/a coleguinha é igualzinha a sua? O que tem de igual? O que tem de diferente?

Atividade 2: Pés – olhe bem como eles são!
Realizar a mesma tarefa, agora procurando um colega com o pé do mesmo tamanho. Recomenda-se que as crianças estejam descalças. Depois de encontrar a dupla apropriada, as crianças devem desenhar os pés e; como foi feito na atividade anterior, escrever o próprio nome no desenho de seu pé.
Na rodinha, conversar sobre as diferenças dos pés, estimulando a observação e a valorizarão da variedade.
• O pé do seu par é igualzinho ao seu pé?
• Em que é igual? Em que é diferente?
• Tem pé largo, tem pé gordo, tem pé chato, tem pé magro?
• O coleguinha que tem o pé do tamanho do seu é o mesmo que tem a mão do tamanho da sua?
• Quem tem mão grande também tem pé grande?
• Tem gente pequena com a mão grande e gente grande com o pé pequeno?

Chamar a atenção das crianças que trocaram de par (considerando pés e mãos), levando-as a perceberem que se parecem com os colegas em alguns aspectos e diferem em outros.

Concluir a atividade organizando um painel com os pés e as mãos da turma, favorecendo que apreciem as diferentes formas existentes, valorizando-as positivamente.


Atividade 3: Onde está meu par?
Cada criança recebe no início da atividade um número escrito num pedaço de papel e deverá guardá-lo consigo. Receberá também um balão de aniversário. O Estagiário irá explicar a brincadeira. Cada criança deverá dobrar o papel com o número que recebeu e guardá-lo dentro da bola. Em seguida deve encher a bola com o número dentro. As crianças serão estimuladas a soltarem suas bolas no ar. Em seguida os participantes deverão procurar a pessoa que tem uma bola com o número igual ao seu. Para isto precisarão estourar as bolas. Deixar fluir a procura por poucos minutos, dependendo do número de participantes. Ao final, como ninguém encontrou o seu par, explicar que não há par igual, já que somos diferentes uns dos outros. E indagar se elas haviam percebido que os números eram diferentes.

Atividade 4: Jogo dos sapatos no saco
O estagiário fará de maneira organizada uma roda com as crianças. As crianças irão tirar os sapatos e colocá-los no centro da roda. Dois alunos-voluntários serão convidados a colocar os sapatos dentro de um saco de forma desordenada, e sacudir o saco, para que fiquem todos os sapatos bem misturados. Ao sinal de comando do estagiário (pode ser: um apito, uma palma, um gesto) as crianças deverão procurar dentro do saco um sapato do tamanho do próprio pé, ou mais próximo disso. É importante que o estagiário ressalte que não vale as crianças acharem o próprio sapato. Seria importante que ao final da atividade fossem feitas algumas reflexões:
• Quem conseguiu achar um calçado que coubesse no pé?
• Baseado nisto pensar se há mais pés parecidos ou mais pés diferentes?
• O fato de o pé ser do mesmo tamanho significa que o pé é exatamente igual ao pé da criança que é dona do sapato?
2º Dia: Grande, pequeno, médio - cada qual tem um tamanho

Atividade 1: Gráfico dos Tamanhos
Organizar um gráfico de colunas com as alturas das crianças da turma, usando cordões (ou outro material apropriado) de duas cores: uma para os meninos e outra para as meninas. Medir cada criança com auxilio de uma fita métrica que apoiada na cabeça, deverá fazer um ângulo reto com a parede. Cada criança receberá um pedaço do cordão do seu tamanho, para compor o gráfico. Organizar uma fila por altura e convidar as crianças a colarem sua tira no gráfico. O gráfico deve estar desenhado em folha de papel suficientemente grande para conter a maior altura e a totalidade das crianças.

Decidir com as crianças o título para o gráfico e não se esquecer de criar a legenda. Colocar o gráfico em um lugar bem visível da sala. Esta atividade poderá ser amplamente explorada:

• Quantos meninos? Quantas meninas?
• Quem são os maiores: os meninos ou as meninas?
• Quantos são pequenos? Quantos são médios? Quantos são grandes?
• Quais as vantagens e desvantagens de ser grande? E de ser pequeno?
• Quem gosta de ter a altura que tem? Quem não gosta? Por quê?
Explorar as questões que surgirem valorizando sempre a diversidade e o direito de todas as pessoas serem tratadas com respeito.

Atividade 2: Dinâmica das Medidas
O Estagiário deverá propor que as crianças formem duplas. Em seguida ele distribui um pedaço grande de barbante para cada uma das crianças (um pedaço com uns 80 centímetros mais ou menos). Cada criança deverá medir a cintura da sua dupla com o barbante, pedindo que o estagiário corte no tamanho certo. De posse do barbante e ao comando do estagiário, cada criança deverá procurar com os demais colegas de turma, quem na turma tem uma cintura igual ao da sua dupla.
Num segundo momento desta mesma atividade, o estagiário deverá misturar todos os pedaços de barbante e colocá-los no centro de uma roda. Cada criança deverá procurar o pedaço de barbante que corresponda à medida da cintura da sua dupla. Para isto cada criança pega um pedaço de barbante e mede na cintura do colega. Se não corresponder à cintura da sua dupla, deverá recolocar o pedaço de barbante no centro da roda e pegar outro pedaço até achar a medida certa. Esta atividade propiciará que a criança faça observações físicas relativas ao seu próprio corpo e a dos colegas de turma.
Atividade 3: Mão Condutora
Nesta brincadeira o estagiário irá sortear uma criança que conduzirá todo o restante do grupo com a sua mão. Esta criança deverá percorrer o espaço físico das oficinas (sala de aula, pátio ou quadra) fazendo variações com a sua mão: para o alto, para baixo, para os lados, para frente e trás. As demais crianças deverão seguir as variações da criança que representa a mão condutora. Depois de um tempo outra criança deverá ser convidada a conduzir a brincadeira, de forma que todas as crianças passem pela experiência. Ao final o estagiário poderá levantar algumas questões com as crianças:
• Qual foi o condutor mais engraçado?
• Todos conduziram das mesmas maneiras?
• Quais foram às pessoas que conduziram de maneiras parecidas?
• Qual o movimento da mão mais diferente que você executou durante a brincadeira?
3º Dia: Dentro, fora – onde é o meu lugar?

Atividade 1: Dentro e fora
O estagiário desenha dois grandes círculos, sendo um dentro do outro, no chão. Convida as crianças para sentarem-se. As crianças sentadas no circulo maior devem olhar para fora e as do circulo menor devem olhar para dentro, de modo que fiquem frente a frente.

Quando estagiário bater palmas, as crianças devem ir para o lugar determinado, segundo as características apresentadas. Sugerimos:
• Olho claro- dentro / olho escuro- fora
• Cabelo claro-dentro / cabelo escuro-fora
• Cabelo curto-dentro / cabelo comprido-fora
• Cabelo liso-dentro / cabelo ondulado-fora
• Alto dentro / baixo-fora
• Gordo-dentro / magro-fora
• Negro-dentro / branco-fora
• Com óculos - dentro / Sem óculos – fora
• Quem usa calça comprida – dentro / Quem usa saia ou vestido – fora
• Outros.

A cada agrupamento por características, as crianças devem se olhar e discutir se todas estão no círculo certo. A professora observa como as crianças se identificam e como são identificadas pelos outros e se surgem sinais de discriminação, pelas características físicas. É importante reforçar que cada pessoa tem seu jeito e que os diferentes jeitos dão coloridos e alegria à vida.

Trabalhar o conceito de inclusão na medida em que cada criança pode pertencer simultaneamente a vários grupos, exemplo: o de cabelo curto, o do olho claro, etc.

Atividade 2: Música - Boneca de Lata
O estagiário deverá fazer uma grande roda com a turma, e cantar a música fazendo variações corporais de acordo com a letra. As crianças aos poucos irão perceber que cada uma delas terá uma percepção diferente em movimentar: a cabeça, o ombro, e outras partes do corpo. Isto se dará pelo simples fato de mesmo estando todas elas brincando com a mesma música, cada criança é um ser único. Segue a letra da música:

Minha boneca de lata
bateu a cabeça no chão...
levou quase uma hora
pra fazer a arrumação
Desamassa aqui, pra ficar boa...
Minha boneca de lata
bateu o ombro no chão...
Levou mais de duas horas
pra fazer a arrumação
Desamassa aqui, desamassa ali,
Desamassa aqui, desamassa ali pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu o outro ombro no chão...
levou mais de três horas
pra fazer a arrumação
Desamassa aqui, desamassa ali
Desamassa aqui, desamassa ali pra ficar boa..



Atividade 3: Confecção do boneco
Organize as crianças em duplas. Depois de formadas as duplas, uma criança será o modelo vivo e a outra, a desenhista. O modelo deitará sobre uma folha de papel pardo ou um outro tipo de papel que a escola dispuser. O desenhista fará o contorno do corpo do modelo. Quando terminar o contorno, as duas crianças recortam o desenho. Em seguida, pintam a roupa e adereços que o modelo estiver usando, tornando o boneco o mais parecido possível com a criança-modelo. A criança desenhista coloca o boneco em seu corpo e brinca com ele, repetindo todos os movimentos que a criança-modelo fizer.
4º dia - Cada um tem o seu jeito – muitos jeitos fazem um

Atividade 1: Boneco coletivo
Organize grupos de quatro ou cinco crianças. Cada grupo escolhe uma criança para servir de modelo e contorna o seu corpo, em uma folha de papel grande. As silhuetas em tamanho natural representarão figuras de menino e de menina. As crianças devem decidir em conjunto às características que o boneco terá (cor de olho e cabelo, tipo de cabelo, cor da pele, etc). E, ainda, como será a roupa (pode ser feita com desenho e/ou recorte e colagem). Incentivar que lembrem as características trabalhadas nas atividades anteriores, procurando representar a maior diversidade possível. O estagiário deverá sugerir a utilização de diversos tipos de materiais, tais como: lã, garrafas pets, barbantes, tampinhas de refrigerante, etc.

É importante nesta atividade observar o processo de decisão das crianças em relação às características selecionadas para compor a figura. Que características as crianças escolheram? Que características elas rejeitaram? As escolhas expressam preconceitos e discriminação?

Com as figuras colocadas em lugar de destaque na sala, as crianças, em conjunto, avaliam as produções, indicando o que mais gostaram e o que menos gostaram nas figuras que criaram. Explorar a diversidade de características que aparecerem, reforçando a valorização das diferenças entre as pessoas. Refletir sobre como seria monótono se todos fossem iguais. Sugerir que observem a natureza e perguntar: será que existem duas folhas, duas árvores, duas frutas, dois cachorros, dois gatinhos exatamente iguais? Será que gostaríamos que tudo fosse da mesma cor ou do mesmo jeito? Concluir a conversa enfatizando que toda pessoa, independente do seu “jeito”, tem o direito de ser tratada com respeito e de ser feliz.

Atividade 2: História coletiva
Construa com cada grupo, uma história coletiva, utilizando como personagens da história os bonecos confeccionados pelas crianças.
Atividade 3: Música “ É tão lindo”, do Balão Mágico.”Finalize este dia cantando com as crianças esta música. Ouvir acesse http://www.vagalume.com.br/a-turma-do-balao-magico/e-tao-lindo.html
É Tão Lindo com a Turma Do Balão Mágico


Se tem bigodes de foca
Nariz de tamanduá
Parece meio estranho, hein?
Também um bico de pato
E um jeitão de sabiá
Mas se é amigo
Não precisa mudar
E é tão lindo
Deixa assim como está
E eu adoro, adoro
Difícil é a gente explicar
Que é tão lindo!
Se tem bigodes de foca
Nariz de tamanduá
E orelhas de camelo, né tio!p
Mas se é amigo de fato
A gente deixa como ele está
É tão lindo, não precisa mudar
É tão lindo é tão bom de se gostar
E eu adoro
É claro
Bom mesmo é a gente encontrar
Um bom amigo
São os sonhos verdadeiros
Quando existe amor
Somos grandes companheiros
Os três mosqueteiros
Como eu vi no filme
É tão lindo, não precisa mudar
É tão lindo deixa assim está
E eu adoro e agora
Eu quero poder lhe falar
Dessa amizade que nasceu
Você e eu
Nós e vocêVocês e eu
E é tão lindo!
- Tio- Hein?
- É legal ter um amigo, é?
- É maravilhoso
Mesmo que ele tenha
Bigodes de foca e até um nariz de -

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O Natal dos 3 Eres e as Histórias do Menino Jesus

O Natal dos 3 Eres e as Histórias do Menino Jesus

História do Nascimento de Jesus
Baseada nos Evangelhos da Bíblia e adaptada por Sandra Monica Silva e Josédina Ribeiro - SEMCTUR.


Eu me chamo Maria. Sou uma jovem mulher e casei com um homem chamado José, que trabalha como carpinteiro. Nós moramos na Palestina. Um dia desses, eu estava varrendo o quintal de minha casa quando de repente um anjo apareceu. Fiquei assustada, mas o anjo me falou com voz doce:
- Não tenha medo, Maria. Você dará a luz um nenê e ele será chamado Filho de Deus.
Eu fiquei muito alegre em saber que teria um nenê e que a minha prima Isabel também seria mãe. Quando ouvi a notícia do anjo corri para a casa de Isabel e contei tudo a ela. Isabel muito alegre me falou:
- Bendita é você entre as mulheres!

Naquela época, o imperador romano, Cesar Augusto, convocou todas as pessoas para retornarem a sua cidade natal para serem contadas no Censo. José, meu marido e eu fomos para Belém, cidade onde nascemos. Retornamos para lá. Eu estava com a barriga muito grande, pois o meu nenê já ia nascer.

Quando chegamos a Belém, por causa do Censo, a cidade estava cheia de gente e todos os quartos nas pensões estavam ocupados. Tivermos que ficar numa estrebaria, local onde dormiam as vacas, bois, ovelhas, carneiros, galos e galinhas. Naquela noite nosso nenê nasceu e nós o enrolamos numa manta e o deitamos numa manjedoura, que era o lugar onde os animais comiam.

Nesta mesma noite alguns pastores nos visitaram e falaram que, perto dali, enquanto cuidavam das ovelhas, um anjo brilhante apareceu e eles ficaram apavorados. O anjo os acalmou e disse:
- Não tenham medo porque eu trago novas de grande alegria! Hoje nasceu, em Belém, o Salvador, que é Cristo o Senhor!
Imediatamente, milhares de anjos apareceram dizendo:
- Gloria a Deus nas maiores alturas e paz na terra!

Dias depois, três Reis Magos, vindos do Oriente, trouxeram presentes para o nosso filho: ouro, incenso e mirra. Eles disseram que seguiram uma estrela muito brilhante que indicava onde estaria o nenê. Também nos avisaram que fugíssemos dali, porque o Rei Herodes, sabendo do nascimento de outro Rei que governaria a Palestina e todo o resto do mundo, ficou com muita raiva e poderia fazer alguma maldade conosco. Este Rei seria o nosso filhinho, que chamamos de Jesus.


A História da Aranha e a Sagrada Família
Baseada na história de Câmara Cascudo e adaptada por Sandra Monica Silva e Josédina Ribeiro - SEMCTUR.

Obs.: antes de contar esta segunda história, faça o jogo do “Lembra” sobre a história com as crianças.

No seu palácio o governador da Palestina, Herodes, contorcia-se de raiva e de ciúmes. Ouvira pelos Reis Magos que em Belém nascera outro Rei. Como agüentar essa afronta? O único rei da Palestina era ele. Tinha de acabar com esse intruso...
Chamou seus oficiais e transmitiu-lhes a ordem cruel: matar todas as crianças! Os soldados de Herodes não tiveram compaixão por ninguém e invadiram as casas e mataram todos os bebês que encontraram.

Com muito medo, José e Maria enrolaram o nenê em um cobertor e fugiram para o Egito. No caminho, eles estavam sendo perseguidos pelos soldados que procuravam as crianças para matar. Correndo apavorados, pegaram um atalho e chegaram até o meio do mato. Desesperados, resolveram fazer uma oração a Deus da seguinte maneira:
"- Deus Todo Poderoso, faça com que dois anjos venham do céu e tapem a entrada da trilha para que os soldados não nos peguem!!!"

Percebendo que os soldados se aproximavam da caverna onde eles estavam escondidos, Maria e José, viram que na entrada, apareceu uma aranha que começava a tecer sua teia.
José, cada vez mais angustiado, resolveu fazer outra oração:
"- Senhor, eu te pedi anjos, não uma aranha! Senhor, por favor, com sua mão poderosa, coloque um muro forte na entrada desta caverna, para que os soldados não consigam entrar e matar nosso filhinho..."

José, então, abriu os olhos esperando ver um grande muro tapando a entrada. Mas, viu apenas a aranha tecendo a teia. Quando os soldados entraram na trilha, perto da caverna onde José e Maria estavam escondidos em silêncio, escutaram um dos soldados falar:
" - Vamos entrar nesta caverna!” Mas, um outro soldado disse:
- "Não, não vá por aí, você não está vendo que tem até teia de aranha? Nada entrou por aqui, com certeza! Vamos continuar procurando nas próximas trilhas..."
E assim, José, Maria e Jesus foram salvos!

O Presente da Aranha - um pequeno animal oferece uma grande lição: gastar as próprias energias para defender e promover a vida.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

UMA HISTÓRIA COM MIL MACACOS

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu
Oficinas Culturais – Setembro e outubro de 2010


UMA HISTÓRIA COM MIL MACACOS
De Ruth Rocha - Setembro de 2010

1ª PARTE DA HISTÓRIA

Lá na minha terra morava um grande cientista: o Doutor Eduardo Quaresma. Ele estava estudando a personalidade de diversos animais. Para isso, ele precisava observar os animais.

Então um dia o Doutor precisou arranjar alguns macacos, para observar o comportamento deles. Na minha cidade não tem Jardim Zoológico. E mesmo que tivesse, eu acho que os zoológicos não andam emprestando bichos sem mais nem menos.

Por isso, o Dr. Quaresma mandou um telegrama para o amigo dele, lá na Amazônia. Um tal de Jeremias não sei do quê. O telegrama era assim:

“PRECISO DE MACACOS PARA MEUS ESTUDOS. MANDE 1 OU 2 MACACOS. ABRAÇOS.
QUERESMA”

O Zeca é o nosso telegrafista. Ele é meio desligado, distraído... Mas mandou o telegrama e o Doutor Quaresma ficou esperando o resultado. Um dia chegou pelo trem das duas uma porção de caixas endereçadas ao Doutor. O Doutor ficou espantado, porque nas caixas vinham uns 10 ou 12 macacos.
- Ora essa, que exagero do Jeremias! - Pensou o Doutor.

Mas também ficou satisfeito porque podia começar seus estudos. Acomodou os macacos como pode no quintal, onde havia muitas árvores, para espanto das galinhas do galinheiro.

No dia seguinte, pelo trem das duas, chegou mais um carregamento para o Doutor com mais 10 ou 12 macacos. Quando a encomenda chegou, o Doutor apavorou:

- SERÁ QUE JEREMIAS FICOU MALUCO?

Mas guardou os macacos e prosseguiu nos seus estudos...

Só que no dia seguinte, no dia seguinte ao dia seguinte, e nos dias que se seguiram ao dia seguinte... Todos os dias, pontualmente, pelo trem das duas, chegava um novo carregamento de macacos. O Doutor começou a ficar desesperado!

- QUE SERÁ QUE DEU NO JEREMIAS?

E resolveu falar com o Zeca e verificar o telegrama que ele tinha mandado. E caiu das nuvens quando o Zeca mostrou o texto do telegrama a ele. É isso, seu Doutor, mandei o telegrama direitinho.

TELEGRAMA:
DESTINATÁRIO:
JEREMIAS DA SILVA PT
AMAZONIA PT
PRECISO MACACOS PARA MEUS ESTUDOS PT MANDE 1 0 2 MACACOS PT ABRAÇOS PT
REMETENTE: EDUARDO QUARESMA PT

Em vez de 1 ou 2, o Zeca escreveu: 1 0 2 macacos – cento e dois macacos!
O caso era grave! No quintal do doutor Quaresma já havia uma verdadeira macacada! Os meninos passaram pela casa do Doutor e apontavam: É ali que mora o doutor dos macacos!

O preço da banana, na cidade, ficou caríssimo, porque o Doutor comprava tudo que era banana para alimentar a macacada. FINAL DA 1ª PARTE.


2ª PARTE DA HISTÓRIA (conte a 2ª parte da história noutro dia de atividade cultural. Antes de contar a 2ª parte, relembre a 1ª parte da história com as crianças).

O Doutor resolveu passar outro telegrama urgente para Jeremias. Foi ao Correio falar com Zeca.
- Seu Zeca, preste bem atenção! Vamos mandar um telegrama ao meu amigo dos macacos. Escreva aí: “PARE DE MANDAR MACACOS”. Mas o Zeca era teimoso e disse:
- Não é melhor explicar bem? Que a cidade é pequena, a macacada é grande...
- Não, não! – o Doutor insistiu.
- Escreva como eu disse: “PARE DE MANDAR MACACOS”.
- Mas, Seu Quaresma, não é melhor explicar direitinho, que é para entender.
- NÃO! PARE DE MANDAR MACACOS! Fica muito bem explicado.
O Zeca tomou nota e enviou o telegrama:
“NÃO PARE DE MANDAR MACACOS”.

Ai é que os macacos não paravam de chegar nunca mais... Todos os dias, pelo trem das duas, chegava um novo carregamento. O Doutor já tinha tentado soltar alguns no mato, mas eles voltavam para a cidade e faziam as maiores loucuras. Já tinha dado macaco a tudo que era amigo, mas as mulheres dos amigos nem falavam mais com ele. E o Doutor voltou mais uma vez ao correio para falar com o Zeca e pediu para ler o texto do telegrama que era assim:

TELEGRAMA:
DESTINATÁRIO:
JEREMIAS DA SILVA PT
AMAZONIA PT
“NÃO PARE DE MANDAR MACACOS”.
PT ABRAÇOS PT
REMETENTE: EDUARDO QUARESMA PT

E eu nem vou contar a vocês o que o Doutor disse pro Zeca...
No dia seguinte, quando o trem das duas chegou com mais um carregamento de macacos...
Enquanto os empregados estavam na estação e tiravam os macacos por um lado do trem, o Doutor Quaresma embarcava pelo outro, nunca mais ninguém da minha cidade ouviu falar do Doutor.

E os macacos? Bem, quando o Doutor fugiu da cidade, deixou uma carta, com cópia para todo mundo. A carta dizia assim:

“EU VOU EMBORA DESTA CIDADE, MAS DEIXO TODOS OS MEUS BENS PARA O MEU QUERIDO AMIGO ZECA TELEGRAFISTA. EDUARDO QUARESMA”
E assim o Zeca recebeu de presente os bens do Doutor: a macacada toda. E até hoje o Zeca é babá de macaco.


Atividades relacionadas ao Encontro de Formação da História do Doutor Quaresma e os Macacos – Encontros nos dias 27 de setembro e 04 de outubro de 2010.
Agradecemos a participação criativa de todos/as estagiários da cultura.

Estas atividades estão organizadas em três blocos: Palavra, Corpo e Território (bairro). Sugerimos que você utilize atividades dos três blocos com as crianças.


1 - ATIVIDADES COM O CORPO

1.1 Brincar de Mímica

 Realize imitações com as crianças de acordo com os gestos dos animais da história e outros utilizando: o corpo, sons e movimentos.

Variações:

 As crianças deverão imitar o movimento dos macacos. O estagiário faz várias perguntas e para cada uma delas as crianças fazem uma mímica da resposta.

 Em círculo, cada criança faz um gesto, a segunda criança faz outro gesto e repete o anterior e assim sucessivamente. Sai da roda aquela criança que erra a seqüência dos gestos.

 Cada criança do grupo deverá tirar um papelzinho e terá que imitar o personagem que sorteou para que outros membros do grupo adivinhem. Quem não conseguir fazer uma imitação que o grupo não consiga descobrir, terá que pagar uma Prenda.

 Coloque ou cantem a música da Xuxa “Imitando o Macaco” e peça às crianças que imitem o macaco dormindo, dançando, comendo, fazendo careta, cantando com grunhidos, outros.

 Em círculo, peça às crianças que dancem como se fossem macacos. Para isso você deverá utilizar diversos ritmos diferentes (forró, rock, música lenta, funk, outros).

1.2 Brincando de Roda

 Em círculo, com as crianças em pares, uma dentro da roda e outra fora, canta-se a música:
“Olha o macaco na roda (três vezes)
E... quer sair
E ele quer sair 1...
E ele quer sair 2...
E ele quer sair 3”

(Quando cantam “3”, todas as crianças soltam as mãos e correm na maior bagunça, procurando um novo par. Uma das pessoas do grupo vai sobrar e quando refazem a roda, quem sobrou fica no meio). Cantam a música e a brincadeira recomeça.




1.3 - Brincadeira do Pego Macaco

 O estagiário é o doutor Quaresma. As crianças são os macacos bagunceiros.
Uma vez que o doutor consegue capturar o primeiro macaco, o mesmo passa a ser o doutor e assim sucessivamente. Até que todos os macacos(as crianças) sejam o doutor Quaresma.

Variações:

 Realize a brincadeira do macaco com apenas um doutor;

 A caça com uns quatro doutores. Desta forma a brincadeira se tornaria mais interessantes com o trabalho em equipe de cada grupo. Vence o grupo (doutor) que tive pegado a maior quantidade de macacos.

 Antes da brincadeira o estagiário poderia auxiliar na confecção de máscaras.


1.4 - Realização de Teatro

 Depois de conta a história, faça um sorteio para a escolha das crianças para representarem os personagens da historia como: os macacos, o doutor e o Zeca.

Variações:
 E cada grupo ficará responsável por encenar uma parte da história contada.
Grupo 1 – Encenar o início da história
Grupo 2 – Meio da história
Grupo 3 – Fim da história

 As crianças poderão escolhe o final da historia e apresentar na peça teatral. Essa atividade deverá ser dada antes de ser contado o final da história.


1.5 - Brincar de Queimada

 Brinque de queimada e peça as crianças para se movimentarem como macacos.


1.6 - Corrida do Macaco

 Confeccionem máscaras de macaco e banana, você e as crianças. Organize as crianças em duas filas (cada fila é um grupo), na linha de LARGADA. Coloque as bananas na linha de CHEGADA. Observe as distâncias entre as linhas de largada e chegada.
 Ao som do apito a criança da frente deve correr e pegar uma banana e se dirigir ao final da fila até chegar novamente no primeiro. Ganha o grupo que pegar mais bananas, sendo que o aluno só pode pegar uma banana de cada vez.


1.7 - O Macaco Fugiu

 Desenhe vários arbustos no chão em forma de círculo e um quadrado no meio. Coloque uma criança no quadrado e uma em cada arbusto. Ao sinal: “O macaco fugiu”, a criança deverá trocar de lugar; a que sobrar vai para o quadrado (que significa que o macaco foi preso).


1.8 - Fugindo do Macaco

 A turma escolhe uma criança para fazer o papel do macaco que ficará de olhos vendados. Os demais colegas imitarão o macaco (som e movimentos) e fugirão da criança que está de olhos vendados. Quando o macaco de olhos vendados pegar um colega, este que foi pego deverá imitar o som de um macaco e o macaco de olhos vendados, terá que descobrir o nome do colega que fez a imitação. Caso o macaco descubra, a criança pega será o novo macaco.


1.9 Macaquinhos nas Árvores

 Escolhem-se algumas crianças (preferencialmente as maiores) para serem as árvores. Estas crianças-árvores ficarão com os braços abertos como a copa das árvores. Cada árvore comportará um determinado número de crianças, acerte este número antes da brincadeira. Escolha uma criança para ser o caçador, que derruba as árvores e prende os macacos. As demais crianças serão os macaquinhos.
Quando o estagiário disser “já chegou o caçador”, o caçador sai em busca dos macacos, e os macacos se abrigam nas árvores, até o caçador ir embora. Quando o caçador sai de cena, os macacos voltam a brincar e uma das árvores será derrubada. Assim segue a brincadeira.


1.10 Estátua

 As crianças deverão dançar uma música que fale sobre macaco. Ao apito ou sinal do estagiário a música pára e as crianças ficarão imobilizadas. O estagiário deverá fazer gestos que façam as crianças se moverem ou rirem, ganha a criança que não rir e nem se movimentar.


1.11 Cada Macaco no seu galho

 Desenhe dez círculos no chão, cada circulo deverá ter uma criança. Uma criança ficará fora do círculo e deverá cantar a seguinte música: (música de “Aturei o Pau no gato”

“Encontrei um macaquinho-nho-nho,
Muito, muito to-to, bonitinho-nho-nho,
O macaquinho-nho-nho, levadinho
Ele subiu, ele subiu, no galinho e caiu, caiu.”

Ao terminar de cantar à música as crianças deverão trocar de círculo e a criança que sobrar será o novo macaquinho.


1.12 Cantando com as crianças

 Cante a música “Boneca de Lata e Cabeça, Joelho e Pé, realizando movimentos com o corpo.

Boneca de Lata


Minha boneca de lata
Bateu com a cabeça no chão
Levou mais de uma hora
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui pra ficar boa
Minha boneca de lata
Bateu com o nariz lá no chão
Levou mais de duas horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui
Desamassa aqui
Pra ficar boa...

Cabeça, ombro, joelho e pé

Cabeça, ombro, joelho e pé
Joelho e pé
Cabeça, ombro, joelho e pé
Joelho e pé
Olhos, ouvidos, boca e nariz
Cabeça, ombro, joelho e pé
Joelho e pé
Hum, ombro, joelho e pé
Joelho e pé
Hum, ombro, joelho e pé
Joelho e pé
Olhos, ouvidos, boca e nariz
Hum, ombro, joelho e pé
Joelho e pé
Hum, hum, joelho e pé
Joelho e pé
Hum, hum, joelho e pé
Joelho e pé
Olhos, ouvidos, boca e nariz
Hum, hum, joelho e pé
Joelho e pé
Hum, hum, hum e pé

Hum, hum, hum e pé

Olhos, ouvidos, boca e nariz
Hum, hum, hum e pé
Joelho e pé
Hum, hum, hum e hum
Joelho e pé
Hum, hum, hum e hum
Joelho e pé
Olhos, ouvidos, boca e nariz
Hum, hum, hum e hum
Joelho e pé
Hum, hum, hum e hum
Hum e pé
Hum, hum, hum e hum
Hum e pé
Olhos, ouvidos, boca e nariz
Hum, hum, hum e hum
Hum e pé
Hum, hum, hum e hum
Hum e hum
Hum, hum, hum e hum
Hum e hum



1.13 Pular Corda

 As crianças cantam e uma ou um grupo pula corda fazendo os movimentos que a música mandar. Para alegrar a brincadeira, sugira que esses movimentos deverão ser a imitação dos macacos.


1.14 Construindo as Partes do Macaco

 Divida a turma em dois grupos onde será explicado como se forma o copo do macaco. Após a explicação escolha um membro de cada grupo. Coloque duas cartolinas fixadas na parede (estas cartolinas podem estar coladas em papelão) . Peça para que as crianças desenhem um macaco e depois dividam em partes. Coloque estas partes no final da sala. Cada representante dos grupos, ao sinal do estagiário, deverá ir até o final da sala e trazer uma parte do corpo do macaco. Ganha o grupo que conseguir montar o macaco mais rápido e mais correto.

Variações

 Peça para que cada criança monte seus próprios macacos, sendo de material descartável.


1.15 Brincar de Passarás

 Duas crianças se dão as mãos formando um túnel e cada uma escolhe o nome de uma fruta ou animal para ser a sua senha. As outras crianças formam uma corrente e passam por baixo do túnel feito pelas duas crianças. As duas crianças com a sua senha, por exemplo, banana ou uva, perguntam no ouvido (em segredo) da última criança da corrente que passa, “prendendo-a dentro do túnel”. Dependendo da fruta escolhida, a criança ficará atrás de uma das duas crianças do túnel. Ganha aquela criança do túnel que tiver mais criança atrás dela.
Passarás

Passarás, passarás
Mas algum há de ficar
se não for o da frente
tem que ser o de trás
O de trás, o de trás.


2 - ATIVIDADES COM A PALAVRA

2. 1 Brincar com as Palavras

 Escolha palavras da história e escreva-as em cartões e as espalhe pela sala ou quadra. Peça que as crianças encontrem as palavras solicitadas pelo estagiário. Ganha aquela criança ou grupo que conseguir juntar mais palavras.


2.2 Batata Quente

 Em círculo, as crianças jogam aleatoriamente uma bola para outras crianças fazendo uma pergunta sobre a história. A criança deverá responder a pergunta e passar a bola. Caso responda errado terá que pagar uma prenda. Logo depois, continua-se o jogo com novas jogadas e perguntas.

2.3 Brincar de Caça Palavra

 Desenhe e recorte as letras do alfabeto, colando-as em tampinhas de garrafas pet ou outra embalagem. Peça as crianças, individualmente ou em grupo, que formem palavras ou frases.

Variações:

 Formem NOMES PRÓPRIOS (JEREMIAS, QUARESMA, AMAZONIA, JARDIM ZOOLOGICO, ZECA) que apareçam na história
 Formem outros nomes comuns (BANANA, MACACO, TREM, GALINHA, CRIANÇA, PERSONALIDADE, HORAS, TELEGRAFO, outros).
 Numa “sacola de história” ou “caixa de história”, coloque recortes de vários pedacinhos da história contada. Coloque os pedacinhos na sacola ou na caixa, e peça para as crianças, individualmente ou em grupo, colocarem a história em ordem ou ainda darem nova ordem para a história.

2.4 Brincar de Cruzadinha

 Faça uma cruzadinha com palavras relacionadas com o texto e depois escolha duas palavras e forme frases. Ou ainda faça a cruzadinha com as palavras e ao lado represente-as com os respectivos desenhos.


2.5 Escrevam um Telegrama ou uma Carta

 Cada aluno deverá escrever um telegrama ou uma carta para alguém que se goste muito. Estes escritos podem ser com lápis e papel, ou ainda com recortes de jornais ou revistas.

Variações:
 Utilizando apenas desenhos as crianças deverão fazer uma “carta” endereçada a alguém que se goste muito.

2.6 O Final da história

 Pedir as crianças para que terminem cada parte da história. Ou ainda, que inventem outras histórias para o final das histórias.

2.7 Sorteando as Letras

 Faça um bingo com palavras que comecem com a letra M. Faça quatro tipos de cartelas com palavras que iniciem com esta mesma letra – M. Faça também letras soltas para serem sorteadas. Vence o aluno que primeiro completar a cartela. Você poderá confeccionar as cartelas com papelão ou caixa de sapato.

2.8 Dominó de Letras

 Monte com papelão, diversas letras ou silabas ou ainda desenhos. Ganha quem mais conseguir formar palavras ditas na história contada. Brinquem de dominó.

2.9 Cantem com as palavras

 Diga em voz alta, uma palavra da história e as crianças deverão ter que cantar uma música que tenha esta mesma palavra.

2.10 Alfabeto Móvel

 Com o alfabeto móvel, pedir para que as crianças formem palavras que tenham relação com a história mediante as seguintes perguntas:

Do que os macacos se alimentam?
Onde eles viviam na história?
Como eles chegaram para o doutor?
Quais os meios de transporte descritos na história?

2.11 Brincando de Amarelinha

 Brinquem de amarelinha escrevendo o nome dos personagens da história dentro dos quadrados.

2.12 Brincando com a Ortografia

 Realize um jogo de adivinhação com palavras contidas na história. O estagiário apenas dará as dicas e as crianças terão que adivinhar. Cada criança deverá escrever individualmente sua resposta em uma folha. Será considerada vencedora, a criança que adivinhar o maior número possível de palavras. Quem acertar a palavra, mas errar a ortografia terá seus pontos descontados. Ou ainda, se as crianças ainda não sabem ler ou escrever, que representem as respostas com desenhos.

2.13 A Árvore da Palavra

 Façam uma grande árvore numa grande folha de papel. Dê a cada aluno meia folha de ofício em branco e peça que cada uma crie um macaco. Na barriga do macaco a criança deverá escrever uma sílaba. Quando todos terminarem, as crianças, uma a uma, vão colocando os macaquinhos formando as palavras.


2.14 Telefone sem fio

 Brinque de telefone sem fio com as palavras da história.


2.15 Jogo da Memória

 Brinque com as crianças de jogo da memória, utilizando palavras ou figuras, ou ainda, uma terceira forma seria para cada figura, uma palavra.


2.16 Sanfona Macaco

 Pegue um desenho de um macaco e recorte (divida) ao meio, em duas partes. Estas partes deverão ser iguais, depois de recortado pinte com tinta ou lápis de cor. Com papel colorido corte uma tira equivalente ao tamanho do recorte e dobre em tamanhos iguais, formando uma sanfona. Depois cole nas extremidades transformando em um brinquedo com movimento.

2.17 Jogo da Rima

 Divida a turma em grupos de três ou quatro alunos. Depois os alunos deverão retirar frases do texto, onde inventarão outras frases que rimem. Deverá ser criada cinco frases, ao término se formará um poema.

2.17 Jogo de Forca

 Realize com as crianças a brincadeira da forca com o nome dos personagens da história.

2.18 Procurem as Palavras

 Coloque o nome dos personagens em pequenos pedaços de cartolina ou folha de papel ofício. Peça às crianças que tirem um nome. O personagem que sair deverá ser imitado.

2.19 Adedonha

 Brinque com as crianças de adedonha substituindo a música por uma de macaco.



3 - ATIVIDADES COM O TERRITÓRIO


3.1 O Macaco foi viajar e chegou na cidade

 Cada aluno deverá desenhar como seria a vida do macaco na cidade grande (sociedade urbana). O colega deverá adivinhar a história do outro através do desenho.


3.2 A Cidade dos Macacos

 Cada criança, ou em grupo, deverá criar um bairro para o macaco, escrevendo o nome da rua, da cidade e do estado. Deve desenhar como seria esse habitar.

3.3 Catação

 Incentive a catação de alguns tipos de materiais específicos com a finalidade de serem utilizados para a confecção de máscaras com o rosto de macaco.
Essas máscaras poderão ser utilizadas para realização de uma peça.

Variações:

 As crianças deverão recolher objetos recicláveis nas ruas do bairro ou na própria escola e confeccionar personagens da história.

3.4 Caça Macacos

 Use a escola como se fosse o quintal do doutor Quaresma. Desenhe com as crianças 102 macacos e os espalhem no quintal. Peça às crianças que procurem. Ganha a criança ou o grupo que conseguir juntar o maior número de macaquinhos. Cada desenho pode ser colado numa embalagem ou garrafa PET, para ficar de pé.


3.5 Animais do Bairro

 Com os alunos, liste os diversos animais encontrados no bairro. O animal que aparecer em maior número deverá ser confeccionado com materiais recicláveis.


3.6 O local do Macaco

 A partir da história, peça para que as crianças criarem um lugar que eles achem que os macacos deveriam viver. O lugar deverá ser confeccionado com papelão.


3.7 Mapas das Bananas

 As crianças deverão ser divididas em dois grupos. Cada grupo receberá um mapa e neste deverá conter algumas incógnitas e pegadinhas. As crianças só conseguirão chegar até as bananas se conseguirem decifrar as pegadinhas contidas no mapa. Ganha o grupo que conseguir chegar primeiro às bananas.

3.8 Desenhar a Floresta

 Peça que cada criança crie uma parte da floresta, com desenhos ou pinturas. Depois cada uma recorta as partes da sua floresta. Em duas folhas de papel de embrulhos, vá colocando com as crianças os desenhos desenvolvidos com elas formando o mundo dos macacos. Pontue depois com as crianças onde se localiza a escola, o mercado, o hospital e outras “organizações” dos macacos.

3.9 O Zoológico

 Em um espaço grande, com as crianças monte um zoológico, onde cada criança deverá representar um animal.

3.10 Maquete da Cidade

 As crianças deverão montar uma maquete do bairro ou da cidade onde moram. Baseados nessa maquete deverão montar uma história utilizando os personagens do Doutor Quaresma e os Mil Macacos. Cada história montada deverá ser contada para o restante da turma.

3.11 Pique Esconde

 Doutor Quaresma se esconde e os macacos, que deverão ser as crianças terão que procurá-lo. Sugerimos que cada macaco tenha uma cauda e se tenha que apanhá-los por ela.


3.12 Formando uma história

 Espalhe pelas dependências da escola vários desenhos de macacos. Em cada um destes macacos deverá ter uma palavra. Depois que se acharem todos os macacos com suas palavras, os grupos deverão formar histórias.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

2ª OFICINA BIODIVERSIDADE

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu
Oficinas Culturais Bairro-Escola - Julho e agosto de 2010
2ª OFICINA – Semana de 16 a 27 de agosto de 2010.
ATENÇÃO ESTAGIÁRIO:
• Todas as semanas, preferencialmente as sextas feiras visite o blog: (www.culturaisni.blogspot.com).
• A ausência do estagiário nos encontros de formação da cultura resulta em seu desligamento.
• Caso a escola em que você está lotado não tenha iniciado o horário integral e a direção ou coordenação tenha orientado para não comparecer a escola, comunique imediatamente esta situação a Secretaria de Cultura, para transferirmos você para outra escola que esteja precisando de estagiário.
• E-mail da Cultura: oficinasculturaisni@gmail.com
• O endereço da Secretaria de Cultura: Av. Governador Amaral Peixoto, nº 236, salas 311, Centro de Nova Iguaçu (em cima da loja TOULON).
• O tema a ser trabalhado, neste semestre por toda a Rede do Bairro-Escola é: A BIODIVERSIDADE.
Conceito de Biodiversidade - todos os seres vivos (animados e inanimados) do planeta - plantas, pedras, mares, rios, ar, clima, animais, inclusive os bichos homem e mulher formam a Biodiversidade. Para sobreviver, todos estes seres vivos dependem uns dos outros. A boa convivência entre os seres vivos influi na qualidade de vida de todos – dos bichos (pessoas e animais), da água, da terra e do ar. Quando os bichos humanos ocupam a terra sem respeitar o espaço dos outros seres vivos (animais, plantas, água, ar) contribuem para a destruição do planeta.

IMPORTANTE – Os produtos (teatro, desenho, cantiga, dança, fantasia, etc) resultantes das oficinas deverão ser articulados com os preparativos da escola para o desfile cívico do dia 07 de setembro. Os estagiários deverão combinar e acertar estas ações com a sua/seu CPP.

1º ENCONTRO – Aquecimento corporal / Contação de História / Estimulo a criatividade / Amizade

Atividade 1: Aquecimento Corporal - Sugerimos que faça o aquecimento corporal imitando os bichos presentes na floresta ou na cidade, como o macaco, o peixinho, o cachorro, o gato, o papagaio e outros. Você também poderá estimular as crianças a reproduzirem os sons dos animais escolhidos. A segunda sugestão é utilizar CD de meditação ou instrumental ou ainda escutar os “sons do ambiente”.

Atividade 2: Contação da História: Os Super amigos da Floresta
Na história passada, falamos de Florestina uma árvore-menina muito bonita, que ficava orgulhosa porque tinha muitas amigas-árvores. Mesmo tendo muitas amigas, a que ela mais gostava era Liquinilda, a gota de chuva, que morava ao seu lado e fazia um barulhinho de água corrente bem fresquinha. À noite, Florestina escutou um barulho ensurdecedor BRUMMMMMM e pessoas gritando:
- Cortar! Derrubar! Queimar! Destruir!(*) (Fale este jargão bem forte por três vezes batendo as mãos, os pés, o corpo, aumentando a voz). Florestina não viu, mas este barulho era do monstro muito feroz!
No dia seguinte, Florestina assustada, perguntou à sua melhor amiga:
- Liquinilda, o que aconteceu? Onde estão as nossas outras amigas e amigos?
- Não sei, Florestina! Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Eu estou evaporando, Florestina! Adeus! Gritou Liquinilda, sumindo.
- Socorro eu estou sozinha!! Florestina falou muito triste.
Florestina era amiga do Rei Sol, que da sua morada no céu, o Rei Sol podia ver tudo. Quando o dia amanheceu, a primeira coisa que o Sol viu foi às lágrimas de Florestina.
- Mas o que aconteceu? Perguntou o Sol. Florestina chorava sem parar. Ela explicou que sua amiga Liquinilda tinha sumido e que a floresta tinha sido derrubada. O Rei Sol ficou preocupado! Ele queria ajudar - pensou, pensou e teve uma idéia:
- Vou chamar o Dr. Planetildo! Ele é muito sábio e pode ter uma solução. Espere aqui Florestina que já volto. O Sol não demorou muito e voltou com o Dr. Planetildo, um senhor muito gorducho. Quando o Dr. Planetildo viu que as árvores foram destruídas, ficou muito nervoso.
- Com a destruição das florestas a vida na Terra vai se acabar! Disse ele indignado.
- Doutor, as raízes de minhas amigas árvores poderão brotar de novo?
- Florestina, algumas espécies de árvores talvez se recuperem... Outras não brotarão. Os homens costumam transformar a floresta em pasto. Se não pararem de destruir as árvores, os animais e os rios, nenhum ser vivo sobreviverá, inclusive o próprio bicho homem. Lembra que no passado existiram os dinossauros e dragões? Hoje eles não existem mais! Florestina escutou tudo chorando muito.

O Dr. Planetildo ficou com muita pena de Florestina e usou seus poderes mágicos para transformar as raízes da amiga em pernas para que fossem procurar outro lugar para morar. Florestina agradeceu, mas preferiu andar a procura do monstro que destruiu as árvores. Todos juntos, Florestina, Dr. Planetildo e o Rei Sol caminharam muito até encontrarem também outros amigos da floresta: o Saci-Pererê, a Iara e o Curupira. Todos estavam indignados com a destruição das árvores e estavam também a procura do monstro. Neste momento encontraram o monstro - uma grande serra elétrica muito feroz, suas serras feito garras, cortando as árvores e repetindo:
- Cortar! Derrubar! Queimar! Destruir! (*)!(*) (Fale este jargão bem forte por três vezes batendo as mãos, os pés, o corpo, aumentando a voz).
Neste momento o estagiário pára de contar a história e estimula as crianças a falarem sobre o tema (o que vocês acham da situação dos nossos amigos da floresta? Vocês acham que a natureza está sendo destruída em nosso bairro? Quem se lembra do que aconteceu nas enchentes que houve aqui em Nova Iguaçu e na Baixada?E o que aparece na televisão?) Faça uma pergunta de cada vez as crianças.

Depois desta conversa, convide as crianças para fazerem o final da história. Se a turma tiver um grande número de crianças, sugerimos que as organize em grupo e peça para que cada grupo crie um final para a história incluindo todos os personagens. Também deverão criar um jargão, semelhante ao do monstro para falar todas as vezes que os Super Amigos da floresta entrarem em ação. No final da atividade faça uma votação para decidir qual jargão mais bacana para toda a turma falar quando vocês fizerem alguma ação com os Super Amigos da floresta. As crianças podem finalizar a história, fazendo desenhos, colagens, escrita, pinturas, música e teatro.

(*) – sugerimos que você faça um chocalho com copo descartável, coloque grãos de arroz ou feijão, ou areia. Ou faça uma música ritmada batendo palmas e batendo no chão.

Sugestão 1: antes de contar a história, leve algumas idéias dos personagens desta história (fantoches, dedoches, desenhos coloridos, etc) e peça para as crianças confeccionarem “bonecos” dos personagens que serão utilizados no momento da contação da história.
Sugestão 2: Incentive as crianças a confeccionaram um livro com os desenhos da história ou ainda, com desenhos e legendas.

Atividade 3: Desenvolvendo a criatividade
Monte uma TV com caixa de papelão para contar a história, utilizando os personagens confeccionados anteriormente. Depois que você contar a história incentive as crianças a montarem sua própria televisão (utilize as caixas da merenda e dos livros que chegam à escola). Caso não consiga material reciclado suficiente, organize uma atividade para catar materiais junto com as crianças. O objetivo dessa atividade é que as crianças montem suas histórias, sua TV e se apresentem.

Atividade 4: Dinâmica da Corrente da Amizade ou “A Charada para os Super Amigos”
Destaque nos finais das histórias “criadas” pelas crianças as ações que demonstraram união e amizade, refletindo que foi a cooperação que possibilitou a solução dos problemas. Compare a amizade a uma corrente que não se quebra com facilidade quando seus elos estão unidos.

Realize a dinâmica da corrente da amizade que você poderá apresentá-la como uma armadilha que o monstro armou para os Super Amigos, e eles precisam resolver! Fazer uma roda com no mínimo cinco crianças. É legal que tenha ao menos dois grupos formados fazendo a brincadeira ao mesmo tempo. Nas rodas, as crianças deverão estar de mãos dadas e com o corpo virado para fora e de mãos dadas, deverão virarem-se para dentro da roda. Diga que esta é a charada do monstro. Ao sinal do estagiário, cada roda deverá se voltar para dentro, sem quebrar a corrente, sem largar as mãos umas das outras.
Estimule que os grupos “quebrem a cabeça” para resolver a charada e dê dicas que só conseguirão se permanecerem unidos. Espere para ver se algum grupo conseguiu descobrir sozinho e deixe que falem como conseguiram “decifrar” a charada.
(**) O segredo da brincadeira é que uma criança, sem largar a mão da outra, deverá entrar de costas e passar por baixo das mãos da criança da frente, todos deverão acompanhar essa atitude até que a roda se desfaça ao contrário.

2º ENCONTRO - Relembrando a história através de brincadeiras
Atividade 1: Caixa de lixo individual e coletiva
Baseado nas anotações feitas sobre o desmatamento, da aula anterior, organize com as crianças um texto que possa ser utilizado num teatro. Antes brinque do “Jogo do Lembra” da história contada, dos Super Amigos. Trabalhe com as crianças soluções para os problemas do desmatamento e do dia a dia (como não jogar lixo no chão, regar as plantas). Sugestões:
• Façam figurinos, máscaras; procurem músicas sobre os temas. Convide os professores e alunos para assistir a apresentação da peça.
• Incentive também para que cada criança construa sua própria caixa de lixo com material descartável (caixa de leite, garrafa peti, etc) e no final façam uma grande caixa de reciclados coletiva para toda a turma.

Atividade 2: “Bento, Bento o frade, frade”...
Estimule as crianças a realizarem catação de material reciclado, dentro da escola, papel de bala, madeiras, rótulo de garrafas, palito de fósforo e picolé. Para que essa catação se torne animada, brincar de:

Bento, Bento o frade, frade.
Na boca do forno, forno.
Tudo o que seu mestre mandar.
Faremos todos, e se não fizer?
Levaremos bolo.


Atividade 3: "A árvore tombou para a direita, tombou para a esquerda, a árvore caiu”
Faça um círculo com as crianças e fique no centro do círculo. Em seguida faça um quadrado para colocar as crianças que não acertarem o lado (esquerda e direita) da brincadeira. Fale em voz alta: "A árvore tombou para a direita, tombou para a esquerda, a árvore caiu”. Quem errar vai para o quadrado. A brincadeira continua até a última criança acertar.

Atividade 4: Adoletá
A brincadeira musical “Adoletá” exercita noções de espaço e lateralidade (direita e esquerda). Cante a música junto com as crianças.

Adoletá
Lepeti, Peti Polá
Lê café com chocolá
Adoletá
Puxa o rabo do tatu
Quem saiu foi tu
Puxa o rabo da cadeira
Quem saiu foi ela
1,2,3,4,...

(***) Bate a mão direita com a direita do companheiro à sua frente e a esquerda com a esquerda.

Atividade 5: Macaco assustado
Você precisará de uma bola. Todas as crianças formam um grande círculo mantendo um bom espaço entre si. Uma delas recebe a bola. Ao sinal (apito ou assobio) do estagiário, a brincadeira inicia com a bola sendo passada de mão em mão por todos, o mais depressa possível. Ao sinal de um segundo apito a bola será passada na direção contrária. Os sinais são dados em intervalos irregulares, ora demorados, ora rápidos, para estimular a atenção dos jogadores. Quem não obedecer prontamente ao sinal do apito, paga uma prenda e sai da brincadeira. Vence quem ficar por último. Prendas: Imitar um bicho, pular agachado, cantar, etc.

Atividade 6: Floresta pegou fogo.
Organize as crianças em duplas, uma de frente para a outra, com as mãos unidas para cima formando “tocas”. Cada “toca” abrigará uma terceira criança que representará o Saci. Lembre que nesta brincadeira todas as tocas deverão ter um “Saci”. Quando o estagiário falar: “Floresta pegou fogo, Saci saiu da toca”, todos os Sacis deverão trocar de lugar (“tocas”). Neste momento o estagiário ocupará uma das tocas e a criança que sobrar coordenará a brincadeira repetindo as palavras “Floresta pegou fogo, Sacinho saiu da toca” e correrá para achar outra toca para si.

(****) Outra variação é o estagiário dá o comando: A “floresta pegou fogo e a toca caiu” – as duplas que formam as “tocas” se separam e correm atrás de um par para fazer uma nova “toca” para o Saci que deverá, nesta brincadeira ficar parado. Neste momento o estagiário correrá atrás de um par para formar uma da nova “toca”. Quem sobrar coordenará a brincadeira repetindo as palavras “Floresta pegou fogo, e a toca caiu” e correrá para achar um par e formar nova toca.

3º ENCONTRO - Atividade com dobraduras/ pinturas e papeis

Atividade 1: Dobraduras
O estagiário de cultura deverá dividir a turma em três grupos, cada grupo deverá dispor de um pedaço de papel pardo para fazer um mural onde deverão ser coladas as dobraduras. Ao término das atividades todos deverão expor os seus cartazes e comentar a atividade. Material será enviado por e-mail.

Atividade 2: Floresta Viva, Destruída e Recuperada
Organize as crianças em duplas e peça para que façam dois desenhos, sendo um de cada vez. O primeiro desenho será de uma floresta com muitas árvores, animais e rios. O segundo de uma floresta devastada. Os dois primeiros desenhos serão individuais. Quando todos terminarem comentem o que aconteceu com a floresta viva que se tornou devasatada. Em seguida convide as crianças, para que de forma coletiva montem uma maquete com uma floresta que todos ajudem a restaurar. Podem fazer mais árvores, todo tipo de bicho, de plantas, com rios, montanhas e no final comentem os sentimentos de terem “restaurado” a floresta. Você também poderá pedir que as crianças desenhem arvores de frutas que elas gostam, que tragam sementes destas frutas.

Atividade 3: Plantando de verdade
Esta atividade o estagiário poderá articular e planejar junto com o monitor de horta ou de meio ambiente. Peça as crianças que tragam sementes / caroços de feijão, milho, frutas. Oriente-as como se plantam as sementes, como se cuida (rega, sol, terra) e quando as sementes brotarem incentive-as para que palntem em algum local da escola ou da sua casa.
Outra sugestão seria fazer o Boneco de alpiste (abaixo como fazer).
Através do lúdico os alunos podem observar o crescimento das plantas. Os bonecos ainda auxiliam no estudo dos seres com vida e sem vida. Feitos de meia calça contém terra e sementes de alpiste dentro. Por fora, os bonecos podem ser enfeitados e caracterizados com olhos, nariz, boca e orelhas criando fisionomias diferentes.As crianças podem acompanhar o crescimento das sementes de alpiste brotando e formando o cabelo do boneco molhando-os diariamente. Assim, percebem a importância da água na vida das plantas, sem água não há vida!
Material Necessário:
• Meia calça usada ou meia sapatilha ;
• Serragem ou terra;
• Alpiste ou painço;
• Material de sua preferência para olhos, boca e nariz. ( botões e lã,cola plástica colorida, );
• Garrafas Pet para a base ou latinha de massa de tomate limpa .
Como fazer:
• Corte uma perna da meia calça;
• Coloque o alpiste ou painço;
• Complete com serragem ou terra;
• Dê um nó e corte o restante da meia;
• Faça a modelagem em forma de bola;
• Monte o boneco;
• Molhe a cabeça do boneco, em alguns dias o alpiste começa a nascer dando origem aos cabelos;
• Use sua imaginação, criando diferentes tipos de bocas, olhos e detalhes;
• Corte o fundo de uma garrafa pet para fazer a base do boneco - assim, ele ficará em pé e ainda evita de molhar ao redor já que a água ali se concentra.É bom deixar água limpa no fundo da base. Todos os dias lave a base e troque a água.

Dica: Pode-se aproveitar e trabalhar produção textual, propondo aos alunos que dêem vida, nome, características próprias e tudo mais que imaginar para o boneco.

Atividade 4: Trava-línguas Realize uma competição de trava línguas com as crianças. Abaixo exemplos de trava-línguas.


O sabiá não sabia.
Que o sábio sabia.
Que o sabiá não sabia assobiar.

O doce perguntou pro doce
Qual é o doce mais doce
Que o doce de batata-doce.
O doce respondeu pro doce
Que o doce mais doce que
O doce de batata-doce
É o doce de doce de batata-doce.


Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro,
O sapo batendo papo
E o papo soltando o vento.


A aranha arranha a rã.
A rã arranha a aranha.
Nem a aranha arranha a rã.
Nem a rã arranha a aranha.


Larga a tia, largatixa!
Lagartixa, larga a tia!
Só no dia que sua tia
Chamar largatixa
de lagartinha!


O peito do pé de Pedro é preto.
Quem disser que o peito do pé de Pedro é preto,
tem o peito do pé mais preto do que o peito do pé de Pedro.

O rato roeu a roupa do rei do Roma.
Rainha raivosa rasgou o resto.

Um ninho de mafagafos, com cinco mafagafinhos,
quem desmafagafizar os mafagafos, bom desmafagafizador será.
Três tigres tristes para três pratos de trigo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.


O tempo perguntou pro tempo
quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu pro tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto tempo o tempo tem.

Três pratos de trigo para tres tigres tristes!

A babá boba bebeu o leite do bebê.

A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada
.

Atividade 5: Adedonha
Realize a brincadeira da Adedonha com as figuras dos Super Amigos. Escreva os nomes do Saci-Pererê, da Iara, do Curupira, etc. As crianças deverão indicar características de cada personagem. De acordo com a brincadeira ganha aquela criança que conseguir diversificar melhor os personagens. Para sua inspiração abaixo transcrevemos as histórias destes personagens.




Lenda do Saci-Pererê
O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.
Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.
O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.
Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”.
Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras. A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.
Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido nas décadas de 1970-80. O saci também aparece em várias momentos das histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Souza.
Dia do Saci - Com o objetivo de diminuir a importância da comemoração do Halloween no Brasil, foi criado em caráter nacional, em 2005, o Dia do Saci (31 de outubro). Uma forma de valorizar mais o folclore nacional, diminuíndo a influência do cultura norte-americana em nosso país.

Lenda da Iara: uma lenda de origem indígena
Também conhecida como a “mãe das águas”, Iara é uma personagem do folclore brasileiro. De acordo com a lenda, de origem indígena, Iara é uma sereia (corpo de mulher da cintura para cima e de peixe da cintura para baixo) morena de cabelos negros e olhos castanhos.
A lenda conta que a linda sereia fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma atrair os homens com seu belo e irresistível canto. As vítimas costumam seguir Iara até o fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Os poucos que conseguem voltar acabam ficando loucos em função dos encantamentos da sereia. Neste caso, conta a lenda, somente um ritual realizado por um pajé (chefe religioso indígena, curandeiro) pod
e livrar o homem do feitiço.
Origem da personagem
Contam os índios da região
amazônica que Iara era uma excelente índia guerreira. Os irmãos tinham ciúmes dela, pois o pai a elogiava muito. Certo dia, os irmãos resolveram matar Iara. Porém, ela ouviu o plano e resolveu matar os irmãos, como forma de defesa. Após ter feito isso, Iara fugiu para as matas. Porém, o pai a perseguiu e conseguiu capturá-la. Como punição, Iara foi jogada no rio Solimões (região amazônica). Os peixes que ali estavam a salvaram e, como era noite de lua cheia, ela foi transformada numa linda sereia.
Curiosidade:- A palavra Iara é de origem indígena. Yara significa “aquela que mora na água”.

Lenda do Curupira: um dos mais populares personagens do folclore brasileiro
O folclore brasileiro é rico em personagens lendários e o curupira é um dos principais. De acordo com a lenda, contada principalmente no interior do Brasil, o curupira habita as matas brasileiras. De estatura baixa, possui cabelos avermelhados (cor de fogo) e seus pés são voltados para trás.
A função do curupira é proteger as árvores, plantas e animais das florestas. Seus alvos principais são os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória.
Para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Outra tática usada é a criação de imagens ilusórias e assustadoras para espantar os "inimigos das florestas". Dificilmente é localizado pelos caçadores, pois seus pés virados para trás servem para despistar os perseguidores, deixando rastros falsos pelas matas. Além disso, sua velocidade é surpreendente, sendo quase impossível um ser humano alcançá-lo numa corrida.
De acordo com a lenda, ele adora descansar nas sombras das mangueiras. Costuma também levar crianças pequenas para morar com ele nas matas. Após encantar as crianças e ensinar os segredos da floresta, devolve os jovens para a família, após sete anos.
Os contadores de lendas dizem que o curupira adora pregar peças naqueles que entram na floresta. Por meio de encantamentos e ilusões, ele deixa o visitante atordoado e perdido, sem saber o caminho de volta. O curupira fica observando e seguindo a pessoa, divertindo-se com o feito.
Não podemos esquecer que as lendas e mitos são estórias criadas pela imaginação das pessoas, principalmente dos que moram em zonas rurais. Fazem parte deste contexto e geralmente carregam explicações e lições de vida. Portanto, não existem comprovações científicas sobre a existência destas figuras folclóricas.

domingo, 1 de agosto de 2010

1ª OFICINA - BIODIVERSIDADE AMEAÇADA

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu - Oficinas Culturais Bairro-Escola
1ª OFICINA – Semana de 02 a 13 de agosto de 2010.

ATENÇÃO ESTAGIÁRIO:
• Todas as semanas, preferencialmente as sextas feiras visite o blog: www.culturaisni.blogspot.com
• E-mail da Cultura: oficinasculturaisni@gmail.com
• Novo Endereço da Secretaria de Cultura: Av. Governador Amaral Peixoto, nº 236, salas 311, Centro de Nova Iguaçu (em cima da loja TOULON).
Neste semestre, o tema a ser trabalhado por toda a Rede do Bairro-Escola é: A BIODIVERSIDADE.
Conceito de Biodiversidade - todos os seres vivos (animados e inanimados) do planeta - plantas, pedras, mares, rios, ar, clima, animais, inclusive os bichos homem e mulher formam a Biodiversidade. Para sobreviver, todos estes seres vivos dependem uns dos outros. A boa convivência entre os seres vivos influi na qualidade de vida de todos – dos bichos (pessoas e animais), da água, da terra e do ar. Quando os bichos humanos ocupam a terra sem respeitar o espaço dos outros seres vivos (animais, plantas, água, ar) contribuem para a destruição do planeta.

IMPORTANTE – Os produtos resultantes das oficinas (teatro, desenho, cantiga, dança, fantasia, outros) deverão ser articulados com os preparativos da escola para o desfile cívico no 07 de setembro - para isto combine e acerte com a sua/seu Coordenador Pedagógico ou de Aprendizagem (CPP ou CA).

10 ENCONTRO – Acolhida e Brincadeiras - Sugerimos para o início das atividades que o estagiário receba as crianças com animação, um sorriso e olhando nos olhos de cada uma delas. Diga bom dia ou boa tarde e faça sempre elogios às crianças. Abaixo sugerimos brincadeiras de apresentação de nomes com as crianças.

1 - Cantiga de Roda – “A canoa virou, tornou a virar foi por causa de (nome da criança)... que não soube remar”. Cantem com os nomes de todas as crianças. Para as crianças “desvirarem a roda”, cantem “Se eu fosse um peixinho soubesse nadar, eu tirava (nome da criança) das ondas do mar...”

2 - Dinâmica da bola. Com as crianças dispostas em roda o estagiário inicia a brincadeira se apresentando, dizendo seu nome jogando a bola para uma criança bem rápido. A criança repete o gesto e assim todas elas. Depois que todas falam o nome você pode fazer com um novo comando, tipo: COISA QUE GOSTA; COISA QUE NÃO GOSTA e ainda outras coisas engraçadas. É importante que o Estagiário participe e se apresente. Sugerimos que quando diga algo que gosta, seja algo engraçado para as crianças.

3 - Nomes nas bexigas. Às crianças escrevem seus nomes, colocam dentro de bexigas e depois as enchem de ar. Brincam com as bexigas, jogando-as para o alto e depois cada uma pega uma bola e estoura. Guarda o nome de outra criança que estiver dentro da bexiga e não fala para o restante do grupo. Atenção; a criança não poderá pegar seu próprio nome. Cada uma irá tentar fazer uma mímica para que o grupo descubra o nome da criança que estava no papel.

4 - Fazendo Rede. Escreva ou peça para as crianças escreverem seus nomes em cartelas previamente cortadas em tamanho igual. O papel utilizado pode ser jornal. O estagiário deverá também recortar um número maior de cartelas e escrever outros nomes, como animais ou plantas. O estagiário amassa TODAS as cartelas e joga para o alto dentro de uma roda. Selecione três crianças para procurarem os nomes amassados. À medida que uma criança pega uma cartela amassada e descobre o nome de outra criança, ela pega na mão da que foi descoberta e a que foi descoberta procura noutra cartela o nome de outra criança. À medida que elas procuram os nomes conhecidos, pegam na mão do nome que ela descobriu. Ganha o grupo que conseguir fazer a maior rede de crianças com os nomes. Atenção: as cartelas com outros nomes servem para dar maior “suspense” e dificuldade a brincadeira.

5 - Mímica dos animais. As crianças em pensamento escolhem um animal que gostariam de representar sem dizer para os colegas. Depois cada uma tenta fazer uma mímica do seu bicho para o grupo descobrir.

6 - Num papel, as crianças escrevem seu nome e também pensam no significado dele. Estimule que façam um desenho que represente seu nome. Pergunte se sabem o significado do seu nome, se não souberem, peça que criem um significado. Estimule sempre para um significado positivo. Cada criança se apresenta e depois vocês montam um mural na sala com os nomes das crianças, conforme modelo abaixo. Sugerimos que os demais temas: “Como EU era quando era pequenininho” ou “Como EU sou HOJE”, você trabalhe em dias diferentes. Se elas não lembrarem como eram, estimule que “inventem”... Se coloque como exemplo.

Nomes das Crianças... Como EU era quando era pequenininho Como EU sou HOJE


• Se neste dia, ainda tiver tempo, realize brincadeiras sugeridas pelas crianças. No final, convide-as para o próximo encontro falando um pouco do Filme que será exibido: “Os Sem-Floresta” ou Tainá 1 ou 2.

2º ENCONTRO - Exibição do filme - Os “Sem Florestas” ou Tainá 1 e 2
Antes de exibir o filme, explique de maneira breve o seu roteiro. Observe se é melhor exibi-lo por inteiro ou dividi em dois ou mais dias. Dica: organize as crianças em grupos de animais identificados no filme e peça que prestem atenção porque depois todos irão contar as aventuras de seu “bicho” escolhido.

3º ENCONTRO – Relaxamento, Jogo do Lembra, Passeio pela escola e Criação de Personagens.
1 - Relaxamento. Para iniciar o dia, peça as crianças para proporem exercícios corporais de relaxamento que de alguma forma “imitem” os animais do filme.

2 - Jogo do Lembra. Peça as crianças para lembrarem de alguma parte do filme que retrate o “Inicio”, ou o “Meio” ou o final”. Faça três círculos no chão, definindo os círculos do inicio, do meio e do fim. As crianças pulam para dentro do circulo e rapidamente falam da sua lembrança.

3 - Passeio pela Escola. Neste passeio com as crianças ou no momento da mobilidade, peça para que observem a biodiversidade existente no local: plantas, animais, terra, etc. Estimule-as a fazerem uma relação entre o filme e as “descobertas” do passeio. Exemplo: vocês já imaginaram como era este lugar da escola antigamente? Será que tinha muito mato? Muitas árvores? Muitos bichos? Com a chegada dos moradores, que construíram suas casas e prédios, no bairro, muitas espécies de animais e plantas foram destruídas. Pode pedir para as crianças perguntarem as pessoas mais velhas (avô, avó, vizinha) como era o lugar onde moram. Pesquisem fotos do local ou ainda atice a imaginação das crianças para “inventarem” como era este local (que arvores e bichos tinham). O que vale é ser criativo!

Como era este bairro... ANTIGAMENTE HOJE


4 - Criação dos personagens (do filme ou da história contada) pelas crianças, com materiais reciclados. O estagiário divide as crianças em grupos e defini quais personagens cada grupo irá construir. No final, cada grupo cria uma história e apresenta para o restante das crianças com os seus respectivos personagens.

4º ENCONTRO – Contação de história
• Monte os personagens da história com materiais reciclados ou ainda um livro com os desenhos dos personagens da história contada.

Historia: A Biodiversidade Ameaçada
Era uma vez uma árvore muito bonita chamada Florestina. Ela tinha como amigos, a Líquinilda, uma linda gota de chuva e o Dr. Planetildo, que parecia uma bola gorducha. Eles estavam caminhando por uma estrada de terra, numa grande fazenda com muitos bois e vacas.
- Não pode ser! Aqui quase não existem mais árvores! A mata sumiu! Disse Florestina.
-Você tem razão Florestina! Antigamente aqui haviam muitas árvores com todo tipo de fruta, muitos animais e plantas. As árvores foram derrubadas para que fosse plantado capim para os bois comerem. Falou Dr. Planetildo triste.
- Pois é Dr. Planetildo aconteceu a mesma coisa na floresta de onde eu vim. Disse Florentina.
Nesse momento, no horizonte o Rei Sol viu que o capim estava muito seco e, muito preocupado, perguntou ao Dr. Planetildo se o seu calor poderia estar matando as plantas. O Dr. Planetildo respondeu:
- Não majestade! A sua energia é muito importante! O problema é que quando as árvores são retiradas, o capim sozinho não é suficiente para reter a água na terra. E aí basta que não chova por alguns dias para que a terra e o capim fiquem muito secos.
Líquinilda ficou horrorizada com a explicação do amigo e disse:
- As pessoas estão destruindo a natureza! Estão acabando com as florestas e os animais. A vida dos seres vivos no planeta não poderá se renovar se a destruição continuar crescendo!
- Pode ser que muitas pessoas não tenham ideia do que estejam fazendo Florestina, mas alguns sabem o que está acontecendo aqui. Disse o Sol.
Dr. Planetildo concordou com o Rei Sol e acrescentou:
- Os bichos humanos são inteligentes, só não estão preocupados com a natureza! Acham que a natureza não precisa de cuidados para se renovar. Algumas pessoas se juntam às outras e fazem ações para acabar com o desmatamento das florestas a tempo.
Florestina ficou esperançosa! Mas sabe que a luta será longa...


1 - Pintura, Reciclado ou Dobraduras. Confeccione com as crianças máscaras de bichos. Sugerimos que façam um livro com desenhos sobre a história. Vocês também poderão montar um mural. O material sobre dobraduras será enviado por e-mail.

2 - Lixeira móvel - As crianças aprendem as cores de referencia da reciclagem de resíduos sólidos (lixo). Divida a turma em dois ou mais grupos criem os nomes para os grupos. Dêem uma volta pela escola e juntem os materiais que acharem: latas, garrafas pet, tampas de plásticos e metal, papel, papelão, madeiras e etc. Para garantir o sucesso da atividade, leve de casa alguns materiais reciclados e utilize quatro caixas de papelão. As crianças pintam as caixas nas cores descritas abaixo, ou ainda, podem fazer colagem nas caixas com recortes nas cores indicadas abaixo.

VERMELHO PARA PLÁSTICO / AZUL PARA PAPEL
/ AMARELO PARA METAL / PRETO PARA MADEIRA

Não coloque os nomes (plástico, metal, papel, madeira) nas caixas. Explique às crianças as cores correspondentes para cada material e peça que memorizem. Os materiais reciclados ficam numa pilha e a certa distância quatro crianças ficam por trás da caixa recicladora. O estagiário começa a brincadeira explicando que vai cronometrar o tempo de cada grupo (tipo 30 segundos). Por vez, as crianças de cada grupo tentam coloca o maior número possível de materiais da pilha na caixa recicladora certa. Todos contam os materiais de cada caixa e se o grupo colocou na caixa certa. Para dificultar um pouco a brincadeira, de vez em quando, peça às crianças responsáveis pelas caixas que troquem de lugar umas com as outras. O grupo que colocar o maior número de objetos na lixeira correta será o campeão. No final o estagiário explica a importância da coleta seletiva e os seus benefícios.
Variação: Alguns participantes do grupo poderão estar com os olhos vendados, o restante do grupo dará dicas para seus companheiros. Nesta variação, os responsáveis pelas lixeiras não poderão trocá-las de lugar.

3 – Caçada: Divida a turma em três grupos e cada grupo escolhe o nome de um animal. Desenhe no chão seis círculos, um de frente para o outro, respeitando uma distância de mais ou menos uns três metros. Em outro lugar desenhe um quadrado (a jaula). Cada grupo ficará dentro de um círculo. Uma criança será o caçador (pegador) e se posicionar no meio dos seis círculos. O estagiário chama um animal, por exemplo, a onça. As crianças desse grupo correm para o círculo vazio e o caçador tenta pegá-las. Quem for pego ficará dentro da “jaula” até acabar o jogo. Em seguida chama-se outro animal e assim por diante, até que todos os participantes de um grupo sejam “caçados”. O Quando o estagiário chamar “todos os bichos”, todas as crianças mudam de circulo.
Variação: Quem for pego pelo caçador ao invés de ir para o quadrado passa a ser caçador também.

4 - Palavras chaves: TERRA, PLANETA, ÁGUA, ÁRVORES, FLORESTAS, DESMATAMENTO. Peça as crianças para fazerem uma catação (pesquisa) das palavras, na escola ou no bairro. As crianças perguntam às pessoas qual o significado de algumas destas palavras e anotam as respostas. Depois, o estagiário com as crianças criam um mural para colar as palavras ou desenhos sobre o que aparecer da catação, das palavras escolhidas. Esta atividade poderá ser articulada a próxima atividade. Com resultado do mural pode ser feito música, teatro, dança e outros.

5 - Gincana: O estagiário leva para a turma quatro envelopes lacrados com tarefas diferentes, conforme exemplo:
Grupo 1 - inventar a dança sobre o desmatamento Grupo 2 - inventar uma poema sobre a água
Grupo 3 - inventar a música sobre o planeta Grupo 4 - inventar uma dança sobre os animais

Esconda os envelopes pela escola e divida a turma em quatro grupos de alunos, explicando que existem quatro tarefas para serem cumpridas. Os grupos procurarão os envelopes e você poderá dar dicas tipo (“tá quente, tá frio”). Um grupo não pode revelar para o outro sua tarefa. Anteriormente o estagiário deverá orientar e disponibilizar materiais para a apresentação dos grupos. Convide outras crianças para assistir a apresentação. Converse antes com a CPP sobre a apresentação e a possibilidade das crianças fazerem um convite.

IMPORTANTE: no final das atividades 4 e 5, conversem com as crianças sobre como elas se sentiram realizando a atividade e se perceberam se as outras pessoas estão preocupadas ou fazendo algo para cuidar da natureza. Finalize perguntando o que elas aprenderam e no que cada uma pode fazer, tipo: não jogar papel no chão.