segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SEMCTUR Fevereiro/2011

Tema: Conviva com a diferença! Diga não à discriminação!
1ª Oficina: Somos iguais! Somos diferentes! Somos gente!
Para crianças de 6 a 8 anos - páginas 11 a 17

Introdução:

Esta oficina pretende propiciar a descoberta e o reconhecimento da diversidade entre os seres humanos, desenvolvendo uma “admiração” pelas possibilidades de tantos “jeitos de ser”. Privilegia a diversidade relacionada mais diretamente às características físicas.

Objetivos:
• Identificar as próprias características físicas e as dos colegas de turma, estabelecendo relações de semelhança e diferença;
• Reconhecer a diversidade física entre os/as colegas de classe, valorizando-a positivamente.

ATIVIDADES MATERIAIS
1º dia:
• Mãos - olhe bem como elas são!
• Pés – olhe bem como eles são!
• Onde está meu par?
• Jogo dos sapatos no saco
• Sacos de batatas ou sacos de lixo.
2º Dia:
• Gráfico dos Tamanhos
• Dinâmica das Medidas
• Mão Condutora • Rolo de Cordão de duas cores para os gráficos.
3º Dia:
• Dentro e fora – onde é o meu lugar?
• Música – boneco/a de lata
• Confecção do boneco

• Desenhe círculos com giz ou com água no chão.
• Folha de papel grande, para desenhar silhuetas dos alunos em tamanho natural, uma por grupo.
• Lápis comum, de cor ou giz de cera para os alunos desenharem a silhueta do colega.

4º Dia:
• Boneco/a Coletivo/a
• História coletiva
• Música “É tão lindo” • Sucata, lã, papéis coloridos, retalhos de tecidos, fitas, botões, etc.
• CD com a música: É tão lindo!

Orientações para estagiário/a:
• Estimule as crianças para primeiro observarem suas características físicas e depois as dos colegas.
• Observe as situações de discriminação que possam surgir durante as atividades, procurando desconstruir os preconceitos.
• Esta oficina possibilita exploração dos conteúdos nas demais áreas da educação básica. Observa questões como: pequeno, grande, maior, menor, igual, comparação de atributos e reconhecimento de diferenças: mais e menos, curto e comprido, claro e escuro, dentro e fora.
• Durante a oficina a criança elabora sínteses da aprendizagem.
Desenvolvimento das Atividades:
1º Dia: Mãos e Pés – olhe bem como eles são!

Atividade 1: Mãos – olhe bem como elas são!
O Ideal é realizar esta atividade em um espaço livre de cadeiras. Pedir às crianças que procurem um par que tenha a mão do mesmo tamanho da sua. Estimular para que meçam com cuidado, juntando dedinho com dedinho. Quando encontrarem o par mais indicado devem desenhar em uma folha de papel, o contorno da mão direita de uma e da mão esquerda da outra. Se perceber que as crianças apresentam dificuldades em discernir a direita e a esquerda, peça somente que desenhe uma das mãos, colocando o próprio nome no desenho de sua mão. Fazer uma rodinha para conversar sobre o que aconteceu:
• Foi fácil achar um colega que tem a mão do mesmo tamanho que a sua?
• A mão do/a coleguinha é igualzinha a sua? O que tem de igual? O que tem de diferente?

Atividade 2: Pés – olhe bem como eles são!
Realizar a mesma tarefa, agora procurando um colega com o pé do mesmo tamanho. Recomenda-se que as crianças estejam descalças. Depois de encontrar a dupla apropriada, as crianças devem desenhar os pés e; como foi feito na atividade anterior, escrever o próprio nome no desenho de seu pé.
Na rodinha, conversar sobre as diferenças dos pés, estimulando a observação e a valorizarão da variedade.
• O pé do seu par é igualzinho ao seu pé?
• Em que é igual? Em que é diferente?
• Tem pé largo, tem pé gordo, tem pé chato, tem pé magro?
• O coleguinha que tem o pé do tamanho do seu é o mesmo que tem a mão do tamanho da sua?
• Quem tem mão grande também tem pé grande?
• Tem gente pequena com a mão grande e gente grande com o pé pequeno?

Chamar a atenção das crianças que trocaram de par (considerando pés e mãos), levando-as a perceberem que se parecem com os colegas em alguns aspectos e diferem em outros.

Concluir a atividade organizando um painel com os pés e as mãos da turma, favorecendo que apreciem as diferentes formas existentes, valorizando-as positivamente.


Atividade 3: Onde está meu par?
Cada criança recebe no início da atividade um número escrito num pedaço de papel e deverá guardá-lo consigo. Receberá também um balão de aniversário. O Estagiário irá explicar a brincadeira. Cada criança deverá dobrar o papel com o número que recebeu e guardá-lo dentro da bola. Em seguida deve encher a bola com o número dentro. As crianças serão estimuladas a soltarem suas bolas no ar. Em seguida os participantes deverão procurar a pessoa que tem uma bola com o número igual ao seu. Para isto precisarão estourar as bolas. Deixar fluir a procura por poucos minutos, dependendo do número de participantes. Ao final, como ninguém encontrou o seu par, explicar que não há par igual, já que somos diferentes uns dos outros. E indagar se elas haviam percebido que os números eram diferentes.

Atividade 4: Jogo dos sapatos no saco
O estagiário fará de maneira organizada uma roda com as crianças. As crianças irão tirar os sapatos e colocá-los no centro da roda. Dois alunos-voluntários serão convidados a colocar os sapatos dentro de um saco de forma desordenada, e sacudir o saco, para que fiquem todos os sapatos bem misturados. Ao sinal de comando do estagiário (pode ser: um apito, uma palma, um gesto) as crianças deverão procurar dentro do saco um sapato do tamanho do próprio pé, ou mais próximo disso. É importante que o estagiário ressalte que não vale as crianças acharem o próprio sapato. Seria importante que ao final da atividade fossem feitas algumas reflexões:
• Quem conseguiu achar um calçado que coubesse no pé?
• Baseado nisto pensar se há mais pés parecidos ou mais pés diferentes?
• O fato de o pé ser do mesmo tamanho significa que o pé é exatamente igual ao pé da criança que é dona do sapato?
2º Dia: Grande, pequeno, médio - cada qual tem um tamanho

Atividade 1: Gráfico dos Tamanhos
Organizar um gráfico de colunas com as alturas das crianças da turma, usando cordões (ou outro material apropriado) de duas cores: uma para os meninos e outra para as meninas. Medir cada criança com auxilio de uma fita métrica que apoiada na cabeça, deverá fazer um ângulo reto com a parede. Cada criança receberá um pedaço do cordão do seu tamanho, para compor o gráfico. Organizar uma fila por altura e convidar as crianças a colarem sua tira no gráfico. O gráfico deve estar desenhado em folha de papel suficientemente grande para conter a maior altura e a totalidade das crianças.

Decidir com as crianças o título para o gráfico e não se esquecer de criar a legenda. Colocar o gráfico em um lugar bem visível da sala. Esta atividade poderá ser amplamente explorada:

• Quantos meninos? Quantas meninas?
• Quem são os maiores: os meninos ou as meninas?
• Quantos são pequenos? Quantos são médios? Quantos são grandes?
• Quais as vantagens e desvantagens de ser grande? E de ser pequeno?
• Quem gosta de ter a altura que tem? Quem não gosta? Por quê?
Explorar as questões que surgirem valorizando sempre a diversidade e o direito de todas as pessoas serem tratadas com respeito.

Atividade 2: Dinâmica das Medidas
O Estagiário deverá propor que as crianças formem duplas. Em seguida ele distribui um pedaço grande de barbante para cada uma das crianças (um pedaço com uns 80 centímetros mais ou menos). Cada criança deverá medir a cintura da sua dupla com o barbante, pedindo que o estagiário corte no tamanho certo. De posse do barbante e ao comando do estagiário, cada criança deverá procurar com os demais colegas de turma, quem na turma tem uma cintura igual ao da sua dupla.
Num segundo momento desta mesma atividade, o estagiário deverá misturar todos os pedaços de barbante e colocá-los no centro de uma roda. Cada criança deverá procurar o pedaço de barbante que corresponda à medida da cintura da sua dupla. Para isto cada criança pega um pedaço de barbante e mede na cintura do colega. Se não corresponder à cintura da sua dupla, deverá recolocar o pedaço de barbante no centro da roda e pegar outro pedaço até achar a medida certa. Esta atividade propiciará que a criança faça observações físicas relativas ao seu próprio corpo e a dos colegas de turma.
Atividade 3: Mão Condutora
Nesta brincadeira o estagiário irá sortear uma criança que conduzirá todo o restante do grupo com a sua mão. Esta criança deverá percorrer o espaço físico das oficinas (sala de aula, pátio ou quadra) fazendo variações com a sua mão: para o alto, para baixo, para os lados, para frente e trás. As demais crianças deverão seguir as variações da criança que representa a mão condutora. Depois de um tempo outra criança deverá ser convidada a conduzir a brincadeira, de forma que todas as crianças passem pela experiência. Ao final o estagiário poderá levantar algumas questões com as crianças:
• Qual foi o condutor mais engraçado?
• Todos conduziram das mesmas maneiras?
• Quais foram às pessoas que conduziram de maneiras parecidas?
• Qual o movimento da mão mais diferente que você executou durante a brincadeira?
3º Dia: Dentro, fora – onde é o meu lugar?

Atividade 1: Dentro e fora
O estagiário desenha dois grandes círculos, sendo um dentro do outro, no chão. Convida as crianças para sentarem-se. As crianças sentadas no circulo maior devem olhar para fora e as do circulo menor devem olhar para dentro, de modo que fiquem frente a frente.

Quando estagiário bater palmas, as crianças devem ir para o lugar determinado, segundo as características apresentadas. Sugerimos:
• Olho claro- dentro / olho escuro- fora
• Cabelo claro-dentro / cabelo escuro-fora
• Cabelo curto-dentro / cabelo comprido-fora
• Cabelo liso-dentro / cabelo ondulado-fora
• Alto dentro / baixo-fora
• Gordo-dentro / magro-fora
• Negro-dentro / branco-fora
• Com óculos - dentro / Sem óculos – fora
• Quem usa calça comprida – dentro / Quem usa saia ou vestido – fora
• Outros.

A cada agrupamento por características, as crianças devem se olhar e discutir se todas estão no círculo certo. A professora observa como as crianças se identificam e como são identificadas pelos outros e se surgem sinais de discriminação, pelas características físicas. É importante reforçar que cada pessoa tem seu jeito e que os diferentes jeitos dão coloridos e alegria à vida.

Trabalhar o conceito de inclusão na medida em que cada criança pode pertencer simultaneamente a vários grupos, exemplo: o de cabelo curto, o do olho claro, etc.

Atividade 2: Música - Boneca de Lata
O estagiário deverá fazer uma grande roda com a turma, e cantar a música fazendo variações corporais de acordo com a letra. As crianças aos poucos irão perceber que cada uma delas terá uma percepção diferente em movimentar: a cabeça, o ombro, e outras partes do corpo. Isto se dará pelo simples fato de mesmo estando todas elas brincando com a mesma música, cada criança é um ser único. Segue a letra da música:

Minha boneca de lata
bateu a cabeça no chão...
levou quase uma hora
pra fazer a arrumação
Desamassa aqui, pra ficar boa...
Minha boneca de lata
bateu o ombro no chão...
Levou mais de duas horas
pra fazer a arrumação
Desamassa aqui, desamassa ali,
Desamassa aqui, desamassa ali pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu o outro ombro no chão...
levou mais de três horas
pra fazer a arrumação
Desamassa aqui, desamassa ali
Desamassa aqui, desamassa ali pra ficar boa..



Atividade 3: Confecção do boneco
Organize as crianças em duplas. Depois de formadas as duplas, uma criança será o modelo vivo e a outra, a desenhista. O modelo deitará sobre uma folha de papel pardo ou um outro tipo de papel que a escola dispuser. O desenhista fará o contorno do corpo do modelo. Quando terminar o contorno, as duas crianças recortam o desenho. Em seguida, pintam a roupa e adereços que o modelo estiver usando, tornando o boneco o mais parecido possível com a criança-modelo. A criança desenhista coloca o boneco em seu corpo e brinca com ele, repetindo todos os movimentos que a criança-modelo fizer.
4º dia - Cada um tem o seu jeito – muitos jeitos fazem um

Atividade 1: Boneco coletivo
Organize grupos de quatro ou cinco crianças. Cada grupo escolhe uma criança para servir de modelo e contorna o seu corpo, em uma folha de papel grande. As silhuetas em tamanho natural representarão figuras de menino e de menina. As crianças devem decidir em conjunto às características que o boneco terá (cor de olho e cabelo, tipo de cabelo, cor da pele, etc). E, ainda, como será a roupa (pode ser feita com desenho e/ou recorte e colagem). Incentivar que lembrem as características trabalhadas nas atividades anteriores, procurando representar a maior diversidade possível. O estagiário deverá sugerir a utilização de diversos tipos de materiais, tais como: lã, garrafas pets, barbantes, tampinhas de refrigerante, etc.

É importante nesta atividade observar o processo de decisão das crianças em relação às características selecionadas para compor a figura. Que características as crianças escolheram? Que características elas rejeitaram? As escolhas expressam preconceitos e discriminação?

Com as figuras colocadas em lugar de destaque na sala, as crianças, em conjunto, avaliam as produções, indicando o que mais gostaram e o que menos gostaram nas figuras que criaram. Explorar a diversidade de características que aparecerem, reforçando a valorização das diferenças entre as pessoas. Refletir sobre como seria monótono se todos fossem iguais. Sugerir que observem a natureza e perguntar: será que existem duas folhas, duas árvores, duas frutas, dois cachorros, dois gatinhos exatamente iguais? Será que gostaríamos que tudo fosse da mesma cor ou do mesmo jeito? Concluir a conversa enfatizando que toda pessoa, independente do seu “jeito”, tem o direito de ser tratada com respeito e de ser feliz.

Atividade 2: História coletiva
Construa com cada grupo, uma história coletiva, utilizando como personagens da história os bonecos confeccionados pelas crianças.
Atividade 3: Música “ É tão lindo”, do Balão Mágico.”Finalize este dia cantando com as crianças esta música. Ouvir acesse http://www.vagalume.com.br/a-turma-do-balao-magico/e-tao-lindo.html
É Tão Lindo com a Turma Do Balão Mágico


Se tem bigodes de foca
Nariz de tamanduá
Parece meio estranho, hein?
Também um bico de pato
E um jeitão de sabiá
Mas se é amigo
Não precisa mudar
E é tão lindo
Deixa assim como está
E eu adoro, adoro
Difícil é a gente explicar
Que é tão lindo!
Se tem bigodes de foca
Nariz de tamanduá
E orelhas de camelo, né tio!p
Mas se é amigo de fato
A gente deixa como ele está
É tão lindo, não precisa mudar
É tão lindo é tão bom de se gostar
E eu adoro
É claro
Bom mesmo é a gente encontrar
Um bom amigo
São os sonhos verdadeiros
Quando existe amor
Somos grandes companheiros
Os três mosqueteiros
Como eu vi no filme
É tão lindo, não precisa mudar
É tão lindo deixa assim está
E eu adoro e agora
Eu quero poder lhe falar
Dessa amizade que nasceu
Você e eu
Nós e vocêVocês e eu
E é tão lindo!
- Tio- Hein?
- É legal ter um amigo, é?
- É maravilhoso
Mesmo que ele tenha
Bigodes de foca e até um nariz de -

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