quinta-feira, 31 de março de 2011

Tema: Conviva com a diferença! Diga não à discriminação!

SEMCTUR Janeiro/2011

Tema: Conviva com a diferença! Diga não à discriminação!
2ª Oficina: “Quem é diferente?”
Introdução:
Esta oficina visa aprofundar a discussão sobre o direito à diferença e à igualdade de direitos. Busca, na ficção, os elementos para trabalhar o movimento de rejeição frente ao diferente e os mecanismos de descoberta do outro. Busca, ainda, na análise de situações concretas, identificar atitudes de preconceito e discriminação e as formas de sua superação.
Parte do reconhecimento da diversidade para afirmar que temos uma mesma natureza – todos compartilhamos da condição humana – e por isso desejamos amar e sermos amados. Ninguém é mais ou menos humano que outro, ninguém tem mais ou menos direito de viver humanamente que outro.
Entre a ficção e a realidade, trabalha a necessidade de aceitar e respeitar o “outro” valorizando suas características.
Objetivos:
• Reconhecer a nossa condição humana de pessoas e grupos diferentes e, ao mesmo tempo, iguais em dignidade e direitos;
• Comprometer-se com atitudes concretas de respeito aos direitos de todos e todas.

Momentos Materiais
1º Dia
• Som, movimento e careta
• Música e Brincadeira da Caveira
• A história “O Monstrinho e eu”
• Desenho da história
• História “O Monstrinho e eu” (texto complementar)
• Material para desenho
• Cd com a música das caveiras
2º Dia
• Desenhos de diferentes tipos de discriminação
• Transformando situações
• Objeto Criativo • Cópias das pranchas com situações da vida cotidiana (pág. 25,26) 27)
• Uma garrafa pet de plástico vazia
3º Dia
• Painel de uma vida feliz
• Uma palma, duas palmas
• Reflexo • Painel como indicado no modelo
• Cd da Adriana Partimpim

Orientações para o estagiário:

• Ajuste as atividades propostas à faixa etária do grupo de crianças.
• Ao longo da oficina, lembre os pontos importantes sobre as diferenças que surgiram na oficina anterior, conversando sobre a idéia da igualdade de direitos.
• Atividades articuladas aos conteúdos curriculares de comunicação, expressão, história e geografia, além de explorar culturas diferentes das nossas.
• Explore as questões que surgirem valorizando sempre a diversidade e o direito de todas as pessoas serem tratadas com respeito.

Desenvolvimento das Atividades:

1º Dia: Parece, mas não é...

Atividade 1: Som, movimento e careta
O estagiário forma uma grande roda com a turma. A brincadeira se inicia com o estagiário fazendo um som diferente para uma das crianças que está ao seu lado, em seguida esta criança reproduz este mesmo som. Depois esta criança cria um novo som e repassa para o coleguinha ao seu lado, e este coleguinha reproduz o som. E a brincadeira prossegue desta maneira com as demais crianças. Ou seja, uma criança cria um som, o outro reproduz, e em seguida cria um novo som para uma outra criança. Na segunda etapa da brincadeira, a mecânica contínua a mesma, sendo que agora todos terão que criar um movimento diferente. E na terceira etapa as crianças criarão caretas bem assustadoras.

Atividade 2: Música e Brincadeira da Caveira
Para brincar, todos os participantes devem estar espalhados e deitados no chão. Antes de começar a cantar a música pode-se dar uma pequena introdução como: "Era meia-noite, em um cemitério bem sombrio, um homem com uma faca na mão... passava manteiga no pão" (ou então inventa-se algo para dar um clima de medo e brincadeira). Cada participante, então, "se transforma em uma caveira" e, a cada estrofe, de forma livre, todos devem fazer movimentos de acordo com o que se pede na letra.

Quando o relógio bate a uma
todas as caveiras levantam da tumba.
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as duas
todas as caveiras saem pelas ruas
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as três
todas as caveiras jogam xadrez
Tumbalacatumba lacatuba laduê
Quando o relógio bate as quatro
todas as caveiras tiram retrato
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as cinco
todas as caveiras apertam os cintos
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as seis
todas as caveiras imitam chinês
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as sete
todas as caveiras mascam chicletes
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate as oito
todas as caveiras comem biscoito
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate às nove
todas as caveiras quebram o pote
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate às dez
todas as caveiras lavam os pés
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate às onze
todas as caveiras sobem no bonde
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Quando o relógio bate às doze
todas as caveiras fazem uma pose
(Nessa parte, todas as pessoas fazem
uma pose e viram estátuas)
Quando o relógio bate à uma
todas as caveiras voltam para a tumba
Tumbalacatumba lacatumba laduê



Atividade 3: A história “O Monstrinho e eu” (acrescentar história – Pág. 24).
Recomenda-se que seja contada às crianças de modo enfático, gerando expectativa e transmitindo o clima de espanto e medo dos personagens. Sugere-se reproduzir a historias para as crianças. Depois de contar a história converse com as crianças:
• Por que o menino teve medo do monstrinho?
• Por que o monstrinho teve medo do menino?
• Do que eles - menino e monstrinho - têm medo? Por quê?
• Sempre temos medo de quem é muito diferente de nós?
• Que outras coisas sentimos em relação a quem é muito diferente de nós?
• Por que o monstrinho e o menino ficaram amigos?
O diálogo deve ser conduzido no sentido de ajudar as crianças a perceberem que geralmente temos medo do que não conhecemos. E mais: o que é assustador e feio, para uns, não é para outros. Deve-se reforçar a idéia de que é preciso conhecer o outro, seus gostos, sua cultura, seu jeito de ser e aceitá-lo e respeitá-lo com suas diferenças. Mais que isto, é importante que as crianças reconheçam que a diferença enriquece a convivência e nos faz aprender com o outro.

Atividade 4: Desenho da história

Após o diálogo, ler a história mais uma vez e estimular as crianças a desenharem a parte que mais chamou atenção. Em seguida, cada criança apresenta seu desenho à turma, recontando a parte da história que escolheu para desenhar.
• Enquanto as crianças apresentam seus desenhos o estagiário vai ressaltando os principais aspectos da história:
• Geralmente temos medo ou não gostamos de quem não conhecemos bem ou que é muito diferente de nós.
• Quanto mais conhecemos alguém mais fácil é aceitar e respeitar as diferenças.
• Quando conhecemos melhor o outro, descobrimos muitas coisas interessantes sobre ele, descobrimos inclusive que aprendemos e nos enriquecemos com ele.
Neste momento podem-se explorar elementos da oficina anterior que tenham ajudado a conhecer melhor os amigos da turma.

2º Dia: Coisas que acontecem, mas não deviam ...

Pretende-se que as crianças posicionem-se no sentido da aceitação do outro, do diferente, a exemplo da historia “O monstrinho e eu”, reconhecendo que todos têm os mesmos direitos e comprometendo-se com atitudes de não discriminação.

Atividade 1: Desenhos que expressam diferentes tipos de discriminação

No material complementar encontram-se seis pranchas com desenhos que expressam diferentes tipos de discriminação. É necessário reproduzir este material para as crianças.
Organizar duplas e distribuir uma prancha para cada dupla, de modo que as seis situações sejam trabalhadas. Pedir as crianças para prestarem muita atenção ao desenho, analisando o que representa. Refletir sobre a cena, dizendo se concordam, ou não, com o que está acontecendo.
Promover um diálogo para que cada dupla explique o que entendeu do desenho. O diálogo pode ser orientado pelas perguntas:
• O que está acontecendo?
• Todas as crianças estão felizes?
• Tem alguém triste? Aborrecido? Com raiva? Por quê?
• Se um amigo ou amiga estivesse nesta situação o que você faria?
• E você, se estivesse nesta situação o que faria?

Atividade 2: Transformando situações

O estagiário deve propor que as crianças desenhem no espaço em branco das pranchas da atividade anterior, a cena analisada de modo que todas as crianças se sintam bem e felizes. As duplas apresentam seus desenhos a turma, explicando-os. Caso os desenhos das crianças não superem a situação de exclusão apresentada originalmente, questionar se gostariam de estar no lugar da pessoa excluída e como acham que se sentiriam.
Afirmar que toda criança: gorda ou magra, branca ou negra, bonita ou feia, rica ou pobre tem o direito de brincar, jogar, ser feliz, sentir-se amada.

Atividade 3: Objeto Criativo

Os alunos ficam em roda. O estagiário explica que a brincadeira consiste na transformação de um objeto simples (uma garrafa pet de plástico, por exemplo) em diversas outras coisas. O estagiário começa com o jogo. Ele pode pegar a garrafa e bem devagar segurá-la como se fosse, por exemplo, um bebê. Depois de um tempo ele repassa o objeto para a criança ao lado, esta criança pega o objeto e transforma em algo novo (Um pente por exemplo. A criança pode simular que esta penteando a cabeça, logo as demais entenderão que o objeto agora é um pente). A brincadeira prossegue com as crianças da turma dando formas distintas ao objeto.

3º Dia: Painel de uma vida feliz (pág. 23)


Atividade 1: Painel da felicidade

Convidar as crianças a criarem o “painel da felicidade”. Realizar apreciação dos desenhos criados pelas crianças, no dia anterior. Conversar sobre os desenhos no sentido de identificar atitudes com as quais as crianças desejam se comprometer.
Compor um painel com os desenhos que expressam os compromissos das crianças, escolhidos coletivamente. Sugere-se dividir a prancha, separando os desenhos produzidos pelas crianças das cenas originais, de modo que no painel sejam colocados apenas os primeiros.
Ao lado de cada desenho, o estagiário escreve o compromisso assumido pelas crianças.
Com a finalidade de favorecer a visualização do que foi proposto para este momento apresenta-se um exemplo de como o painel pode ser organizado.

PARA RESPEITAR O DIREITO DE TODAS AS PESSOAS DEVO
DESENHO COMPROMISSO
Atividade 2: Uma palma, duas palmas
Os alunos se espalham pelo espaço, e caminham aleatoriamente. Eles devem executar uma boa ocupação espacial, evitando esbarrar no coleguinha da turma. Ao comando de uma palma do estagiário devem cair no chão automaticamente, e com duas palmas devem voltar a andar. E a brincadeira vai se repetindo durante um tempo. Esta brincadeira é uma variação de “morto-vivo”.

Atividade 3: Reflexo
O estagiário faz uma grande roda com as crianças. A brincadeira consiste em o estagiário executar movimentos, e os alunos terem que repetir quase que simultaneamente. Ou seja, ele propõe um movimento, e os alunos repetem. Durante a brincadeira devem ser realizados movimentos diferentes. É importante que o estagiário brinque com os planos (plano alto e plano baixo) e ritmos (movimentos rápidos e movimentos lentos). Proponho que para a brincadeira seja usada como trilha a música “Saiba” de Adriana Calcanhoto (Adriana Partimpim). Pois esta música infantil nos mostra que somos diferentes e iguais em nossas sensações. Segue a letra abaixo:

Saiba!
Todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão, também
Hitler, Bush e Saddam Hussein
Quem tem grana e quem não tem...
Saiba!
Todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
E também você e eu...Saiba!
Todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar...Saiba!
Todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano...Saiba!
Todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao-Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Gandhi, Mike Tyson, Salomé...Saiba!
Todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
E também eu e você
E também eu e você
E também eu e você...

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