segunda-feira, 21 de junho de 2010

Oficina Abolição-Resumo da história "O Amuleto"

Este resumo se baseia na história “O Amuleto”, da Revista Turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo.



A turma do Sitio do Pica-pau Amarelo - Visconde de Sabugosa, Emilia, Narizinho e Pedrinho, estavam brincando de pega-pega e de se esconder na matinha do sitio. Na correria descobriram escondido no meio do mato um baú que continha um amuleto mágico falante que contava histórias. Eles se assustaram com o colar falante. O colar falou que estava guardado nesta caixa há mais de cem anos e que caiu do peito de seu dono, um escravo.
De repente, no meio da mata, abriu-se uma clareira e as crianças puderam ver as imagens do passado como uma televisão. O amuleto começou a contar que há muito tempo atrás, o avô do avô, do avô, do avô... no tempo dos escravos, neste lugar existia um engenho de cana-de-açúcar e ele era o amuleto da sorte de um deles.
Os escravos trabalhavam duro na colheita da cana, na fabricação de açúcar, no melado, na cachaça... Sempre sob as ordens severas do feitor de escravos. O feitor acorrentava os escravos na senzala para não fugirem! Alguns conseguiam escapar e fugiam para lugares secretos, no meio da mata, onde construíam aldeias!
Quando isso acontecia o feitor caçava os fugitivos na mata! Depois os castigava na frente de todo mundo! O feitor maltratava-os muito. Eles e seus capangas gostavam de dar chibatadas. Era muita violência! Como os escravos eram maioria nas fazendas, os senhores e feitores abusavam da crueldade para controlá-los.
Os negros eram maltratados antes mesmo de ir trabalhar nas fazendas! Eles eram capturados ou comprados na África. Os traficantes separavam os escravos de suas famílias e misturavam membros de diferentes tribos nos navios negreiros. Assim os escravos não conseguiam se comunicar, nem se rebelar. Com isso, os lideres das tribos perdiam sua autoridade e os escravos perdiam tudo a que pudessem se agarrar: seus parentes, seus amigos, sua terra, sua língua. Muitos deles ficavam deprimidos com tantas perdas. Esta tristeza profunda chamava-se banzo, e até matava.
Os negros escravos sobreviveram bravamente porque com o tempo se conheciam nas fazendas e tentavam voltar aos seus costumes africanos. Eles eram muito fortes e mesmo com toda a tristeza eles tentavam se alegrar. No pouco tempo que tinham faziam suas festas e cerimônias, mas os senhores de engenho não gostavam. Queriam que eles só falassem português e só rezassem na Igreja Católica.
E o que os escravos faziam? Os escravos misturavam os costumes dos senhores com os deles e foi assim que surgiu a religião dos negros, o candomblé! Os orixás (divindades africanas), como Ogum, Xangô e Iemanjá eram cultuados como se fossem santos católicos, como são Jorge e Nossa Senhora. Os escravos criaram a capoeira, que parecia uma dança, mas era uma técnica de luta disfarçada. Inventaram também o samba, uma música contagiante que os animava noite adentro...
Nesta fazenda, tudo ia bem, até que numa noite o dono mandou acabar com uma festa dos negros. O feitor quebrou os tambores, chutou a comida e quebrou os objetos do ritual. Muitos donos de escravos em todo Brasil eram cruéis, poucos senhores de escravos não os espancavam fisicamente e permitiam que plantassem alimentos num terreno separado, nas horas de folga. Assim eles melhoravam suas refeições e ainda vendiam parte da colheita para a vizinhança. Eles só podiam ganhar dinheiro se o patrão deixasse que eles juntassem para comprar de volta sua liberdade. Se o escravo era destacado para trabalhar dentro da casa dos senhores, a casa grande, faziam o serviço mais leve e não tinham que se entender com o feitor, mas continuavam trabalhando de graça, sem liberdade e sem futuro. Era de muito sofrimento a vida dos escravos!

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