Este resumo se baseia na história Caça ao Tesouro, da Revista Turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo.
A vovó Dona Benta estava em casa preocupada com a demora das crianças. Já passava da hora do almoço quando Emília, Pedrinho e Narizinho entraram em casa rindo e fazendo bagunça.
- onde vocês estavam? Dona Benta perguntou.
- Fomos atrás do tesouro, lá nas terras do seu Fabiano. Falou Pedrinho, Narizinho e Emilia.
Dona Benta falou: - Há muito tempo um grupo de escravos escondeu ali um tesouro que nunca foi encontrado. Eles usariam o tesouro para fugir, mas com a ABOLIÇÃO não foi mais preciso e deixaram tudo para trás.
As crianças decidiram procurar o tesouro perdido.
- Se a gente cavar tudo a fazenda vai ficar destruída. Pedrinho alertou.
- Vamos à biblioteca da cidade, lá deve ter registros antigos sobre as fazendas da região. Visconde teve uma idéia.
- Os ANTEPASSADOS de seu Fabiano gostavam de ter escravos? Narizinho perguntou.
- Bem, com certeza não eram ABOLICIONISTAS! Respondeu o Visconde.
- O que é abolicionista? Perguntou Emilia curiosa.
- São pessoas que eram contra a escravidão, como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Luís Gama e Rui Barbosa... No Brasil começou um movimento para libertar os escravos. Naquela época a Inglaterra comandava o tráfico de escravos.
Toda turma pesquisou na biblioteca e descobriu que antes da LEI ÁUREA que libertou todos os escravos em 13 de maio de 1888, aconteceram duas leis:
A do VENTRE LIVRE, que libertava os filhos de escravos que nascessem a partir de 1850 e a Lei dos Sexagenários, que ALFORRIAVA os escravos velhinhos, com mais de 65 anos, em 1885.
Emília perguntou: - Se os escravos da fazenda tinham um tesouro, por que não usavam para comprar sua alforria?
Visconde respondeu: - Emília, o senhor de escravos tinha que concordar com isso! Senão, nada feito! Vamos procurar alguma pista do tesouro nos livros. Este livro diz que a lei dos sexagenários foi assinada pela Princesa Isabel, a mesma que assinou a Lei Áurea!
- Ela era uma Princesa encantada? Perguntou Emília.
- Não diga bobagens Emília! Retrucou Narizinho.
- Minha querida Emília, esta história está longe de ser um conto de fadas com final feliz! Alertou Visconde.
- Como assim? Perguntou Pedrinho.
Então, Visconde explicou que a escravidão acabou, mas as pessoas foram soltas à sua própria sorte. A Lei Áurea não dizia o que deveria acontecer com os ex-escravos, muitos eram jogados para fora da fazenda, pois o seu ex-senhor não tinha como lhe pagar. Assim, muitos ex-escravos vindos de fazendas falidas, engrossavam a classe dos necessitados e marginalizados nas cidades.
Narizinho começou a procurar por pistas nos jornais antigos e Emília pegou um livro e descobriu que um pintor chamado Alfredo dos Reis expôs uma série de pinturas sobre as fazendas da região. Pedrinho achou que estas pinturas poderiam ter pistas e pediu para que todos procurassem pelos livros de Alfredo dos Reis. Finalmente encontraram o livro.
- Olha é a casa do seu Fabiano! Disse Emília sorrindo.
- E aqui, perto das árvores, o que é? Perguntou Pedrinho apontando o dedo para a pintura.
- Só pode ser a SENZALA. Mas já a senzala já desapareceu. Disse Visconde.
- A casa dos escravos? Disse Narizinho desconfiada.
- Bingo! Se existe um tesouro de escravos, só pode estar lá! Disse Pedrinho.
Pegaram o livro e correram para o local. Emília com a pintura em mãos, finalmente encontrou onde ficava a senzala.
- É aqui! Pode cavar! Disse Emília.
Todos comemoraram! Pedrinho começou a cavar.
- Achei! Achei! Gritou Pedrinho. Quando Emilia abriu a caixa do tesouro sabe o que tinha dentro? Muitas chaves. É... Faz sentido... Para os escravos essas chaves seria o maior tesouro. A sua própria LIBERDADE!
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