REEQUILIBRANDO – Objetos | Turmas A/B | Encontros: 3
Resumo: Esta oficina apresenta por objetivo a exploração estética das possibilidades materiais (peso, maleabilidade, rigidez, planaridade, entre outras) e formais (verticalidade, horizontalidade, inclinação, entre outras) de objetos cotidianos (como cadeiras, lápis, livros, pedras) empregados em um exercício de criação tridimensional livre, voltado para a construção de estruturas capazes de se sustentar por si mesmas. Discutirá questões de equilíbrio visual e espacial, economia de recursos como opção estética, além de explorar a motricidade e o raciocínio lógico-construtivo das crianças.
Recursos materiais: Papéis, lápis e/ou canetas, lápis de cor, canetinhas, giz de cera.
=> PRIMEIRO ENCONTRO – Equilíbrio e desequilíbrio
1. Antes da saída da escola, o oficineiro solicitará ao grupo que, durante o trajeto da mobilidade, atente para as relações de equilíbrio espacial e visual identificadas entre os diversos elementos da paisagem.
2. Ao longo do percurso, o oficineiro deve incentivar os participantes a elencar e descrever oralmente os objetos equilibrados e desequilibrados presentes no trajeto, deixando que as crianças formulem suas próprias noções de "equilíbrio" e "desequilíbrio".
3. Na chegada ao espaço parceiro o grupo deverá discutir suas noções de "equilíbrio" e "desequilíbrio". O oficineiro deve instigar o grupo através de perguntas diretas (Um objeto torto é um objeto desequilibrado? E um objeto de três pernas?).
4. O oficineiro distribuirá papéis, lápis e/ou canetas para o grupo.
5. O oficineiro dividirá a turma em dois grupos.
6. Ao primeiro grupo será solicitado que identifiquem, no espaço parceiro, elementos considerado "equilibrados". Ao segundo grupo, que identifiquem elementos "desequilibrados".
7. Os grupos terão um intervalo de 18 minutos para percorrer o espaço e identificar os objetos/elementos. Cada participante deverá registrar individualmente os elementos identificados através de desenhos simples.
8. O grupo deverá expor e discutir os objetos "equilibrados" e "desequilibrados" identificados (na mobilidade e no espaço parceiro), apontando e questionando as características responsáveis pela situação de "equilíbrio" ou "desequilíbrio" (objetos que se apóiem sobre faces planas, objetos que se apóiem sobre pernas, objetos que se apóiem sobre outros objetos).
9. O oficineiro dividirá a turma em quatro grupos.
10. Cada grupo deverá construir relações de equilíbrio visual e/ou espacial entre objetos presentes no espaço parceiro (como cadeiras, lápis, livros, pedras, entre outros). O oficineiro deve orientar o grupo a buscar relações de equilíbrio diversas daquelas identificadas no cotidiano de cada objeto.
11. O grupo deverá identificar e registrar as formas geométricas (regulares e irregulares) ou orgânicas produzidas durante o exercício.
12. Debate sobre a experiência.
=> SEGUNDO ENCONTRO – Papel em pé
Recursos materiais: Cartolinas (pode-se reaproveitar cartolinas utilizadas para a produção de cartazes nas atividades do horário regular e nas oficinas de aprendizagem), tesouras.
1. A turma será dividida em grupos de até quatro participantes.
2. O oficineiro distribuirá os materiais para os grupos (no mínimo duas folhas de cartolina e duas tesouras para cada grupo).
3. O oficineiro propõe a utilização desses materiais para a criação de esculturas. Os critérios para a realização da atividade devem ser esclarecidos: cada grupo deve, em um intervalo de 13 a 19 minutos, produzir uma estrutura o mais alta possível e que seja capaz de se apoiar sobre apenas dois pontos de sustentação.
4. Após o intervalo pré-determinado, o oficineiro recolherá as tesouras dos grupos.
5. Os grupos devem analisar todas as produções coletivamente, criando legendas para cada escultura, contendo informações como, formas identificadas, cores, medidas, entre outras características. Se possível as escultura devem ser fotografadas.
6. Os grupos deve trocar de escultura entre si.
7. Cada grupo fará uso da formas já criadas pelo grupo anterior para a produção de uma nova escultura, sem empregar tesouras, reorganizando-as durante um intervalo de sete minutos.
8. Os grupos devem, mais uma vez, analisar todas as produções coletivamente, criando legendas para cada escultura, contendo informações como, formas identificadas, cores, medidas, entre outras características. Se possível as escultura devem ser fotografadas.
9. As etapas 7 e 8 serão repetidas até que todos os grupos tenham interferido em todas as esculturas.
10. Diálogo sobre a experiência.
=> TERCEIRO ENCONTRO – Verticalizando
Recursos materiais: Sobras de madeiras de tamanhos e formatos variados, palitos de picolé, palitos de churrasco, barbante ou lã, papéis de tamanhos e formato variados, tesouras, arame, canetas e/ou lápis.
Observação: Antes do encontro, o oficineiro deverá viabilizar alguns dos materiais necessários à realização da oficina, como as sobras de madeira. Caso seja identificada, no bairro, alguma atividade ou estabelecimento, como uma carpintaria ou marcenaria, cujos refugos possam ser aproveitados para a realização da oficina, o oficineiro poderá incluir uma etapa de coleta de materiais com a participação do grupo.
1. O oficineiro fará a divisão dos materiais coletados em grupos: a) madeira e barbante e/ou lã; b) papel e tesoura; c) arame.
2. O oficineiro deve iniciar uma discussão sobre os conceitos de horizontal e vertical, permitindo que o grupo formule e exponha verbalmente sua compreensão sobre essas noções. A turma deve estabelecer uma diferenciação entre esses conceitos.
3. O oficineiro apresentará a proposta de criação livre (individual ou coletiva) de estruturas, explicitando que os objetos produzidos devem ser capazes de se manter de pé sem o auxílio de outros objetos além dos materiais disponibilizados para o uso no grupos determinados na primeira etapa.
4. Cada participante deverá escolher um grupo de materiais com o qual prefere trabalhar. Desse modo, a turma deverá ser dividida em três grupos. O oficineiro deve explicitar que cada grupo poderá empregar apenas os dois tipos de materiais previamente especificados em cada grupo, deixando claro que todos os participantes poderão utilizar o três grupos de materiais, mas para produzir objetos diferentes. Logo, cada participante poderá construir, no mínimo, três objetos.
5. Os participantes devem produzir objetos providos de apenas três pontos de apoio em um intervalo de 9 a 18 minutos.
6. Troca de materiais.
7. Os participantes devem produzir objetos providos de apenas dois pontos de apoio em um intervalo de 7 a 13 minutos.
8. As etapas 6 e 7 se repetem até que todos os grupos tenham passado por todos os conjuntos de materiais.
9. O oficineiro deve atuar como monitor, orientando a manipulação e a exploração das características estéticas dos materiais e incentivando a experimentação de diversas possibilidades construtivas.
10. Diálogo sobre experiência e proposição de legenda para as esculturas (identificação de formas, cores, dimensões, entre outras características).
Conclusão: Exposição dos resultados obtidos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ola
ResponderExcluirQuero falar sobre a aplicabilidade da oficina: Bom, não estou conseguindo aplica-la. pq? para começar a escola suspendeu a mobilidade por motivo da violencia( o bairro n esta seguro) segundo as crianças perdem seus materiais em especial os do bairro escola ai eu fico metade da aula arrumando folha para as atividades. Tambem as crianças de dispersam, brigam umas com as outras. Até ai me dizem q eh normal. ta eu sei, mas fica mto abstrato.. tipo ela é legal(a oficina) para fazer com adultos, mas com crianças que precisam o tempo todo de algo que as mantenham mto ocupadas eh dificil sabe; Elas estão mto presas as "atividades com papel" ai qdo surge uma oficina assim meio que não rola sabe? em espaço aberto dos parceiros nem pensar ai que elas correm e se dispersam msm. Não sei o que fazer. Acabo n colocando em pratica direito as oficinas e parto para as atividades de escrita. Nem consigo explicar as atividades, pq elas ja querem correr ou fazer qualquer outra coisa.. Com vcs tb eh assim??
Di
Olá Veronika
ResponderExcluirque bom que você trouxe suas dificuldades para cá.
Você aponta para dois tipos de problemas; os que podemos resolver e outros que nos ultrapassam.
1 a questão da violência e as eventuais dificuldades do horário integral acontecer, são questões tratadas pela escola, pela secretaria de Educação, etc. Não podemos fazer muita coisa.
2 Problema com o material.
Me parece que você precisa negociar com a escola um espaço para colocar o material.
Um planejamento a longo prazo talvez ajude você a pedir e organizar o material.
3 Diria que há um problema de organização do espaço.
Tente reduzir o espaço das crianças para poder se organizar.
Trace um círculo no chão e mande todas as crianças ficarem dentro do círculo.
Transforme a organização em brincadeira.
Agora só os meninos que têm a letra "A" no nome para fora do círculo, etc.
Depois que elas estiverem organizadas tente dar as regras da oficina.
Se elas querem correr, pense uma maneira de fazer um trajeto, durante 3 minutos em que elas tenham que correr se equilibrando: em uma perna, um no outro, etc. Explore o fato que se trata de uma oficina de equilíbrio.
4 Os oficinas, "papel em pé" e "verticalizando" são muito lúdicas. As crianças adoram utilizar os objetos fora de seus lugares iniciais.
Tente, antes da oficina, conseguir o objetos estranhos para elas experimentarem na oficina.
Lembre-se que mais importante que o objeto final da oficina é o processo de experimentação das formas, cores, pesos, geometrias, etc.
Boa sorte. Cezar
Ei pessoal
ResponderExcluirlidar com muitas crianças é isso aí vc tem que estar aberto a todas asexperiências ossíveis e esta do equilibrando é uma deslas.
Minha experiência c essa oficina foi bem legal.
ResponderExcluirA única dificuldade foi a cartolina da escola q era bem molenga,mas as crianças se esforçaram p conseguir esculturas legais.
Fizemos a exposição das "obras",tendo como visitantes os funcionários da escola.
Todos Curtimos muito.
Olá
ResponderExcluirEstou cheia de dúvidas!
Comop funciona o tempo integral na escola de vcs. Na minha escola uma professora regente fica com as crianças pela manhã e em alguns momentos da semana elas têm aula de música, ed, fisica e artes, outra professora regente fica à tarde e em alguns dias também há aulas com esses profissionais especializados.
Portanto minha dúvida é: quem faria as oficinas seria cada professor regente de cada turma, ou seria um professor da escola que ficaria resposnável por uma determinada oficina e trabalharia com todas as turmas?
obrigada
bianca
Juiz de Fora
Olá Bianca,
ResponderExcluirAqui as oficinas são ministradas por oficineiros, que são estudantes universitários que fazem estágio conosco.
Me passe seu email que encaminhamos mais informações.
O meu é romulofsales@gmail.com
Acho que temos que criar oficinas que tratem da relação audio-visual e crianças. podem acessar este bolg para visualizarem algumas discussões sobre o tema. e entender o que tem aver com educação: http://picpedagogia.blogspot.com/
ResponderExcluirbj, fabi
http://www.portaldetonando.com.br/forum/
ResponderExcluirpara quem gosta de ler e naõ tem dinheiro. bj,fabi
Fases do Desenvolvimento Infantil
ResponderExcluirQuinta-feira, 5 de Junho de 2008
Este é um resumo comparativo das fases do desenvolvimento infantil de acôrdo com três autores: Piaget, Kephart e Gallahue.
Irei adotar a divisão da Infância em três fases:
Primeira Infância – Dos 2 aos 6 anos (dos 0 aos 2 anos também considero 1ª infância, mas não irei abordar neste tópico)
Segunda Infância – Dos 7 aos 10/11 anos
Adolescência – A partir dos 12 anos
É bom lembrar que essa divisão, bem como as subdivisões existem para efeito didático e que as idades limite podem variar. Além disso dependendo do autor a nomenclatura também pode ser diferente.
Primeira Infância
Autor: Piaget
Fase de pensamento pré operacional
2 ~ 4 anos:
Orientado pela percepção, período de comportamento auto-satisfatório para comportamento social rudimentar
Consciência de uma hierarquia conceitual, primórdios da cognição
4 ~ 6 anos:
Primórdios das abstrações
Autor: Kephart
Estágio de percepção motora:
Lateralidade
Coordenação mão-olho
Desenvolvimento de padrões motores grossos
Forma Sincrética
Forma de reconhecimento
Autor: Gallahue
Fase de movimentos fundamentais
Estágio inicial
Estágio elementar
Segunda Infância
Autor: Piaget
Fase de operações concretas:
Composição aditiva, reversibilidade, associação, identidade, razão dedutiva
Relacionamentos
Classificação
Autor: Kephart
Estágio Cognitivo Perceptivo
Autor: Gallahue
Fase de movimentos especializados
Estágio de transição
Adolescência
Autor: Piaget
Fase de operações formais:
Maturidade intelectual
Operações simbólicas
Pensamento abstrato
Pensamento intencional
Autor: Kephart
Estágio Cognitivo Perceptivo-Cognitivo
Estágio Cognitivo
Autor: Gallahue
Fase de movimentos especializados
Estágio de aplicação
Estágio de utilização
para pella
O QUE É ARTE CONTEMPORÂNEA:
ResponderExcluirSeminário que tem o objetivo de registrar a produção da arte brasileira contemporânea. Os artistas falam de trajetórias de vida e trilham percursos que vão da criação à exposição de obras. São convidados nomes como Marcos Chaves, Chelpa Ferro, Bruno Vianna e Luiz Alphonsus, que utilizam o som, a fotografia, o vídeo, o cinema e a pintura como meios de expressão. Os seminários serão filmados e, posteriormente, transformados em publicação.
13h às 15h – Salão Moniz de Aragão
Informações: 3873-5077
Realização: Núcleo N-imagem da ECO/UFRJ
LINK:http://www.forum.ufrj.br/programacao.html
Boa noite,
ResponderExcluirO evento que vai haver sobre o dia internacional da mulher, será neste domingo dia 08/03/09 ás 10 horas da manhã, na Travessa Rui Barbosa, na praça em frente ao Banco do Brasil, no CENTRO de Nova Iguaçu, não mas na Posse. Vai durar apenas uma hora, com roda de capoeira e tudo mais. bem, bj, fabi
Valeu Fabiana pelo conteúdo, é sempre bom conhecer melhor com que criança estamos lidamos, assim conseguimos atingir mais rápido as necessidades delas.Perla.
ResponderExcluir