quarta-feira, 18 de junho de 2008

SIAMESES

SIAMESES | Turmas A/B | Encontros: 3

Resumo: Esta oficina pretende experimentar a dinâmica das relações espaço-corporais cotidianas e os limites do corpo. Através da construção e da experimentação de um "vestível" coletivo, pretende explorar o estranhamento para a desconstrução de relações corporais convencionais, fundamentadas em uma idéia de corpo coletivo.

Recursos materiais: Retalhos, roupas velhas, tesouras, barbante, linha, agulhas.

Observação: Antes do primeiro encontro, o oficineiro deverá solicitar a cada criança pelo menos uma peça de roupa ou sobras de tecidos.

=> PRIMEIRO ENCONTRO – Produção e experimentação de "vestíveis duplos", troca de vestíveis entre duplas.
1. O oficineiro realiza a leitura em voz alta de uma carta previamente selecionada. A carta deve ser levada ao grupo em um envelope lacrado, para que os participantes possam iniciar uma reflexão sobre os aspectos culturais envolvidos na prática do recebimento de uma carta.
2. A turma será dividida em duplas.
3. O oficineiro distribuirá os materiais para o grupo (tesouras, barbante, linha, agulhas e peças de roupa).
4. As duplas deverão interferir em suas peças de roupa, unindo-as de forma aleatória. Utilizando-se de cortes, nós, costuras, elas deverão produzir um "vestível duplo".
5. O oficineiro deverá monitorar a produção das duplas, orientando sobre a manipulação dos materiais e incentivando a exploração de diversas possibilidades de construção do vestível.
6. Cada dupla deverá experimentar, no mínimo, três possibilidades de interação diversificada para a produção do vestível. Para tanto, caso a quantidade de peças de roupa disponíveis não seja suficiente, o grupo pode ser incentivado a produzir intervenções reversíveis.
7. As duplas serão incentivadas a trocar suas produções umas com as outras. O oficineiro deve explicitar que todos os vetíveis serão trocados, inclusive, entre turmas.
8. O participantes terão um intervalo de tempo pré-determinado para experimentar as possibilidades de interação uns com os outros e com o espaço utilizando os vestíveis. Pode-se propor que todos experimentem todos os vestíveis produzidos.
9. O oficineiro deve desafiar as duplas a realizar atividades cotidianas utilizando os vestíveis. Pode-se propor a realização de alguma brincadeira proposta pelo grupo, como amarelinha, pique, entre outras possibilidades.
10. As duplas devem realizar a mobilidade ainda unidas através das roupas.
11. O oficineiro deverá recolher os vestíveis na chegada à escola para sua utilização no próximo encontro.

=> SEGUNDO ENCONTRO – Troca de vestíveis entre turmas, produção e experimentação de "vestível múltiplo".
1. A turma deverá ser divida em duplas.
2. O oficineiro deverá distribuir "vestíveis duplos" produzidos por outra turma para os participantes experimentarem.
3. O grupo terá um intervalo de tempo pré-determinado para experimentar o vestíveis.
4. O grupo deverá ser dividido em subgrupos de quatro componentes.
5. Os participante irão unir seus "vestíveis duplos", utilizando o materiais de sua preferência, produzindo "vestíveis quádruplos".
6. A dinâmica de experimentação espacial e troca de vestíveis utilizada no primeiro encontro pode ser repetida.
7. A turma deverá ser redividida em grupos cada vez mais numerosos, construindo-se vestíveis cada vez maiores pela união de vestíveis menores, até que todo o grupo esteja unido em um único "vestível múltiplo".
8. O grupo deverá debater a experiência, as dificuldades e sensações vivenciadas, e planejar uma "performance" pública utilizando o "vestível coletivo".

=> TERCEIRO ENCONTRO – Conclusão: Ato performático público de todas as turmas.

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